Clinton Sipes, Ex-Cristão, EUA (parte 1 de 2)
Descrição: Uma vida de ódio, crime e violência se transforma em uma de paz e fé. Parte 1: Vida Pregressa.
- Por Clinton Sipes
- Publicado em 21 Jun 2010
- Última modificação em 21 Jun 2010
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O Começo: Sofrimentos da Vida Pregressa de Clinton Sipes
Cresci em uma família disfuncional estabelecida na atmosfera do alcoolismo e abuso físico e emocional vindo de meu pai. Sem uma figura paterna positiva, basicamente desenvolvi um comportamento anti-social e uma inclinação à violência.
Comecei a imitar aquilo ao qual estava sendo exposto e esse processo de imitação começou inconscientemente. Afetou minha interação com meu irmão mais velho, colegas de classe, professores e também com animais. Nada estava livre da efusão sádica de raiva e fúria contidas!
Com a idade de 13 anos me associei a crianças semelhantes, mas como elas não eram tão compulsivas quanto eu, rapidamente me entediei. Comecei a andar com o tipo de adulto jovem que dava boas vindas à minha disposição de participar sem reservas em qualquer coisa sob o título de álcool, drogas, crime, violência e racismo. O período no reformatório (prisão para adolescentes) começou e o ambiente me moldou, refinando a inclinação ao crime para uma habilidade em tempo integral. Violência e racismo eram afiados como o corte da gilete... um ambiente de negatividade que alimentava minha fúria e ódio crescentes de autoridades, negros, judeus e asiáticos. Depois de 3 anos desse período de reforma, fui solto. Era uma granada ambulante.
Em busca de um foco para liberar esse ódio me associei com um grupo racista paramilitar formado por adultos jovens. Participei em ataques regulares a pessoas e me engajei em várias atividades criminais. Aos 16 me vi encarcerado servindo uma pena de 6 anos e meio na prisão da Califórnia por roubo, assalto e uso de armas. Imediatamente me identifiquei com as gangues de "supremacia branca" e cultivei meu ódio e fúria em puro "Ódio" de todas as pessoas que não eram "anglo-saxônicas".
Comecei a me corresponder com a Ku Klux Klan e ao ser libertado em condicional eu carregava ainda mais ódio. Pelos próximos 3 a 4 anos minhas atividades estavam fortemente envolvidas com a Klan em queima de cruzes, aparições na mídia, incursões noturnas de espancamentos, violação de propriedades, etc. Minha condicional foi violada por posse de armas e suspeita de assalto.
Busca por Paz: Jovem Adulto
Com a última violação da condicional, com a idade de 20 anos, a busca por paz começou. Tive tanta fúria e ódio dentro de mim por tantos anos que estava começando a me consumir por dentro. Eu jogava meu ódio nos funcionários da prisão. Tinha literatura sobre ódio, grafite, desenhos cobrindo as paredes da minha cela e tatuagens que cobriam metade da parte superior do meu corpo. Não estava explodindo, mas implodindo!
Em um ataque de fúria, acabei nu na solitária e sem ao menos um colchão. Apenas eu e uma xícara de isopor. Comecei a rever meu passado e as negativas que me levaram a esse ponto de redução nos termos mais baixos.
Enquanto estava lá minha filha nasceu. Comecei a avaliar meu futuro. Comecei a pensar nas vidas das muitas vítimas que eu tinha afetado. Pude me ver na prisão pelo resto da vida se esse passado continuasse no meu futuro. Disse a mim mesmo: “Clint, você precisa escolher entre esse futuro mau ou um bom. Estava claro para mim que não havia futuro (de longevidade) nesse mal. Minha família – mãe, namorada, irmãos - tinham medo de mim. Alienei-me deles. Comecei a buscar por uma pureza para purgar o câncer de dentro de mim. Queria ser amado e amar em um sentido puro. Eu simplesmente não queria “odiar” mais.
Mudei-me para Montana e fui preso por arrombamento. Fui sentenciado e servi 2 anos e meio de uma sentença de 5 anos, e fui libertado em condicional, que foi concluída de forma bem-sucedida.
Envolvi-me com grupos de direitos humanos e comecei meu próprio grupo de direitos humanos, C.H.E.R.E. (Children Escaping Racist Environments – Crianças Em Fuga de Ambientes Racistas, em tradução livre). Meu objetivo era me aproximar de crianças para ajudá-las a escapar de circunstâncias ambientais que tinham me dominado. Queria ajudar no que eu já tinha sido o problema, mas continuava envolvido em crimes. Participei em posse de explosivos e fui preso pelo governo federal e sentenciado a 35 meses em prisão federal.
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