C.S. Mathos, Ex-Ateu, EUA
Descrição: Essa é a jornada de um menino de 14 anos que abraçou o Islã através de IslamReligion.com
- Por C.S. Mathos
- Publicado em 09 Jul 2012
- Última modificação em 09 Jul 2012
- Impresso: 190
- 'Visualizado: 6,118 (média diária: 1)
- Classificado por: 0
- Enviado por email: 0
- Comentado em: 0
Sou C.S. Mathos. Nasci em uma família secular em 1 de agosto de 1992, na Pensilvânia. Minha mãe foi cristã e quando criança ia a uma igreja Quaker. Em um acampamento da igreja foi literalmente afastada de sua religião devido a um pastor que pregava o Armagedom o tempo todo. Ela permaneceu secular pelo resto de sua vida, realmente. Era mais agnóstica, não realmente ateia como eu era. Eu era surpreendentemente lógico quando criança e ponderei que era impossível que um deus existisse. Não me preocupava com religião na época. Tinha uma obsessão com dinossauros e queria aprender cada vez mais sobre eles. Lembro que o T-rex pesava 7 toneladas, de um tricerátopos herbívoro que protegia sua cria formando um círculo e combatendo os predadores e de um veloceraptor, capaz de correr a 120 km/hora.
Obviamente era ridicularizado quando meu amor pela paleontologia não se abatia. Diminuiu (de certa forma) quando me interessei por dragões e similares. Os insultos não me afetavam muito porque estava sempre em uma "concha emocional", mantendo na minha cabeça as coisas que realmente queria dizer. Quando falava era honesto, de fala suave e não tinha muito a dizer, porque não confiava nas pessoas e gostava mais da minha imaginação do que do mundo real. Mesmo quando os ataques de 9 de setembro aconteceram, não falei muito e não reagi. Não me assustei nem um pouco; pensei que a palavra "muçulmano" fosse um termo para um grupo étnico e só me preocupei com a guerra do Iraque quando pessoas inocentes foram estupradas naquele escândalo da prisão de Abu Ghraib. Mesmo então superei e fiquei incomodado quando apareceu repetidamente no noticiário. Quando saí da minha concha (na 5ª série), brigava com as pessoas sobre religião e política. Acreditava que havia hipocrisias no Cristianismo, que era a única religião que lembrava naquela época.
Quando cheguei aos 13 anos recebia insultos e os levava a sério. Estava deprimido, minhas notas eram apenas aceitáveis e naquela época não estava interessado em nada. Decidi que precisava de uma religião. Não procurei por uma. Apenas acreditava que havia um Deus e, por causa de minha amargura, O culpava por meus problemas. Passei a prestar muito mais atenção em política, esqueci a religião e comecei a ler livros sobre Hitler e a 2ª Guerra. Estava muito interessado na 2ª Guerra, no Nazismo e, cada vez mais, em Comunismo. Toda a minha vida disseram-me que o comunismo era uma ideologia fracassada, mas queria aprender o outro lado do argumento: o lado dos comunistas. Peguei o Manifesto Comunista, li artigos Wiki, pesquisei materiais do Partido Comunista e me juntei ao movimento Marxista. Vi-me de fato lutando por algo; uma sociedade verdadeiramente livre e justa, igualitária e unida.
Ocupei-me com o movimento e associei-me a um grupo. Não dou o nome. Contava às pessoas que era um comunista somente quando perguntavam. Não imaginam o quanto alguém pode ser ridicularizado por ser comunista. Não quero falar sobre isso. É muito deprimente. Cai no choro na mesa do jantar por causa dos tormentos provocados por meus colegas de classe. Só precisava de uma religião. Tentei o Cristianismo, mas saí rapidamente. Muitas contradições, sectarismo e hipocrisia.
Procurei muito, em todo lugar, do Cristianismo à mitologia grega. Decidi finalmente pesquisar o Islã, levando em conta os preconceitos da guerra e a possibilidade de que podia de fato ser morto por alguém por ser seguidor dessa religião. Desisti de tudo o mais e disse a mim mesmo: "A última coisa que deve pensar é o Islã. Apenas pegue um Alcorão e leia-o. Pode ser o que está procurando." Comprei o Alcorão de um website e o recebi pelo correio 5 dias depois. Era verde escuro, tão escuro que pensei que fosse preto, com uma bela encadernação em couro e impressões douradas. Comecei a lê-lo e logo vi que não tinha nada a ver com o que era retratado na TV. Vi que havia somente um Deus e não ninguém mais para adorar além Dele. Vi isso e quis ingressar na religião.
Pesquisei na internet sobre como orar e encontrei o site www.islamreligion.com. Vi "Como se converter ao Islã e se tornar muçulmano" no menu. Decidi que aprender a orar era para depois e que precisava da conversão. Precisava submeter-me a Deus. AGORA. Encontrei a Shahada e a escrevi. Então fiz a Shahada e tornei-me muçulmano. Assim que o fiz, a dor em meu coração foi aliviada e senti-me verdadeiramente feliz. Deus tem sido bom para mim e tento orar para Ele 5 vezes ao dia. Entretanto, devido às circunstâncias dos preconceitos da guerra, intolerância e sectarismo das outras pessoas, tenho que praticar minha religião em segredo. Oro a Deus de manhã, ao meio-dia, por do sol, à noite e entre 11 da noite e meia-noite. Quando posso dirigir, vou à mesquita mais próxima todas as sextas. Minha mãe não sabe que sou muçulmano. Contarei a ela quando estiver pronto ou for adulto e morar em outro lugar ou estiver na universidade. Oro para que Deus me mantenha afastado da descrença e me ajude a tornar-me o melhor muçulmano que puder, enquanto pratico em segredo. Se minha mãe estiver lendo isso, tente entender minha religião antes de fazer julgamentos. Deixe-me praticar minha religião em paz, sem suas ironias e piadas, que são dolorosas. Estou praticando o Islã por uma semana, acho. Perdi a noção do tempo.
Aos não muçulmanos que estão lendo isso, sugiro que leiam o Alcorão e se tornem muçulmanos. Que a paz e as bênçãos de Deus estejam sobre vocês.
Adicione um comentário