O Milagroso Alcorão (parte 1 de 11): Meu Caminho Para o Islã
Descrição: Uma das personalidades islâmicas mais influentes na América, Jamaal Zarabozo, discute o milagre do Alcorão e sua influência em sua jornada para o Islã. Parte Um: Introdução a esse tópico, junto com uma breve descrição do Alcorão e do Profeta Muhammad.
- Por Jamaal al-Din Zarabozo (IslamReligion.com)
- Publicado em 26 Jan 2009
- Última modificação em 19 Jun 2016
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Declaração de Abertura
Deixem-me declarar na abertura que, após ser muçulmano por muitos anos, se me dessem o tópico “O Milagroso Alcorão,” como eu o vejo agora, eu estaria enfatizando e discutindo aspectos que eram completamente desconhecidos para mim na época em que eu estava estudando o Islã como um não-muçulmano. Eu venho estudando o Alcorão por mais de trinta anos e ele nunca deixa de me fascinar. De fato, o fenômeno de continuar descobrindo novos aspectos fascinantes do Alcorão tem sido uma verdade para os eruditos muçulmanos ao longo dos anos. Ao longo de séculos, eles têm falado sobre o Alcorão, com os eruditos mais recentes reconhecendo os aspectos milagrosos que os eruditos anteriores mencionaram, ao mesmo tempo em que se deparam com outros aspectos que consideram igualmente notáveis e surpreendentes. Assim, por exemplo, nós tivemos Aishah bint al-Shaati, Sayyid Qutb e Mustafa Saadiq al-Raafi’ee adicionando componentes à teoria geral da natureza milagrosa do Alcorão no século passado.[1] Mais recentemente, muitos têm enfatizado os que são chamados de “milagres científicos do Alcorão”, um tópico que tentaremos visitar no fim dessa exposição.
Entretanto, essa preleção é sobre a “minha história” e meu caminho até o Islã através do Alcorão. Portanto, eu enfatizarei aqueles aspectos do Alcorão que mais me influenciaram na época e dedicarei menos tempo aos outros aspectos que eu tenho estudado em detalhes desde então.
Uma Breve Introdução ao Profeta Muhammad e ao Alcorão
Estou certo de que a maioria de vocês tem algum tipo de familiaridade com o Profeta Muhammad, que Deus o exalte, e o Alcorão, mas por causa de alguns pontos que eu destacarei mais tarde, eu acredito que uma breve introdução aos dois seria adequado.
Muhammad nasceu por volta de 570 anos após o nascimento de Jesus Cristo. Ele nasceu em Meca, na Península Arábica. O povo de Meca era devotado à adoração de ídolos. A área não era conhecida como um local de civilização ou conhecimento avançados naquele tempo. De fato, o Profeta Muhammad era iletrado. Com a idade de quarenta anos Muhammad recebeu sua primeira revelação. Embora ele fosse conhecido entre as pessoas como “o confiável”, a maioria dos árabes o ironizou e logo após começou uma campanha massiva para persegui-lo e àqueles que acreditavam nele. Depois de treze anos de pregação em Meca, o próprio Profeta foi forçado a partir para a cidade de Medina, onde já tinha alguns seguidores. Eles fizeram dele o líder da cidade. Os descrentes de Meca não descansaram e tentaram esmagar militarmente a nova fé. Entretanto, o que era originalmente um pequeno grupo de muçulmanos cresceu em número e foi capaz de resistir ao ataque violento dos descrentes. Dentro de dez anos, o próprio Profeta liderou um exército de volta à Meca e a conquistou em uma vitória sem derramamento de sangue. Dessa forma o Islã se tornou vitorioso na Arábia e começou a se propagar através do mundo. O Profeta Muhammad, que Deus o exalte, finalmente morreu em 632.
Quanto ao Alcorão, ele foi revelado ao Profeta Muhammad em um período de vinte e três anos. Foi revelado diretamente a ele através do anjo Gabriel. Ele recebia a mensagem e depois a transmitia a seus seguidores. Portanto, o Alcorão é muito diferente da Bíblia. Não existem contribuições humanas ao Alcorão; é apenas a revelação de Deus. Em outras palavras, você não encontrará histórias sobre o Profeta escrita por seus Companheiros no Alcorão. De fato, você não encontrará no Alcorão nenhum dos discursos do Profeta fora do que ele afirmou ser a revelação do Alcorão. As palavras do Profeta foram mantidas completamente separadas do Alcorão.
Um comentário final: o Alcorão é apenas em árabe. A melhor tradução não é o Alcorão. Uma vez que você perde algo em seu estilo original de expressar as palavras e se apóia somente na tradução, o original é completamente perdido.
A História de Minha Conversão e a Proximidade do meu Batismo
A história de minha conversão não é das mais fascinantes. Entretanto, um aspecto é interessante: o efeito que o Alcorão teve em mim.
A minha família se mudou para a Califórnia vindo da Espanha. Assim, nós éramos nominalmente católicos. Eu tive pouquíssima exposição a qualquer religião até que um amigo meu na escola me convidou para sua igreja. Eu comecei a freqüentar e essa foi a primeira vez que eu comecei a ler a Bíblia. Eu definitivamente estava levando tudo muito a sério. Então chegou o momento de eu ser batizado. Eu não tinha problemas em relação a isso exceto que eu tinha decidido que, uma vez que era a primeira religião a qual eu tinha sido exposto, eu deveria pesquisar sobre outras religiões para me assegurar do que estava fazendo. Eu não pensei que isso fosse de fato afetar minha decisão final quando, na realidade, a proximidade do batismo me levou a tornar-me um muçulmano.
Eu comecei a estudar sobre todas as religiões que eu pude encontrar. Isso, obviamente, foi o que me levou até o Alcorão.
Footnotes:
[1] Para uma discussão dessas adições recentes ao conceito da natureza milagrosa do Alcorão, veja Muhammad Raffi Yunus, “Modern Approaches to the Study of I’jaz al-Quran (Abordagens Modernas ao Estudo do I’jaz al-Quran, em tradução livre) (Dissertação de Ph.D. , Universidade de Michigan, 1994), pp. 78-91 e 118-125
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