O Admirável Alcorão (parte 6 de 9)
Descrição: Uma série de artigos que compelem o leitor a meditar sobre as maravilhas do Alcorão. Parte 6: Uma resposta aos que alegam que o Alcorão pode vir do Demônio ou alguém sofrendo de mitomania.
- Por Dr. Gary Miller (editado por www.islamhouse.com
- Publicado em 22 Feb 2016
- Última modificação em 22 Feb 2016
- Impresso: 46
- 'Visualizado: 11,321 (média diária: 4)
- Classificado por: 0
- Enviado por email: 0
- Comentado em: 1
Um encontro com um sacerdote
Em torno de sete anos atrás, recebi um sacerdote em minha casa. No cômodo em particular onde estávamos sentados havia um Alcorão sobre a mesa, voltado para baixo, e o sacerdote não estava ciente de que livro era. No meio da discussão, apontei para o Alcorão e disse: "Tenho confiança naquele livro." Olhando para o Alcorão, mas sem saber que livro era, ele respondeu: "Bem, digo a você, se aquele livro não é a Bíblia, foi escrito por um homem!" Em resposta a essa afirmação, eu disse: "Deixe-me lhe dizer algo sobre o que está naquele livro." E em apenas três ou quatro minutos, relatei a ele umas poucas coisas contidas no Alcorão. Depois daqueles três ou quatro minutos ele mudou completamente sua posição e declarou: "Você está certo. Um homem não escreveu aquele livro. O Demônio o escreveu!" De fato, ter essa atitude é muito infeliz - por muitas razões. Por um lado, é uma desculpa muito rápida e barata. É uma saída instantânea de uma situação desconfortável.
De fato, existe uma história famosa na Bíblia que menciona como um dia alguns dos judeus testemunharam quando Jesus, que a paz esteja sobre ele, ressuscitou um homem dos mortos. O homem tinha estado morto por quatro dias, mas quando Jesus chegou simplesmente disse "Levante-se!", e o homem se levantou e caminhou. Diante dessa visão alguns dos judeus que estavam assistindo disseram, em descrença, "Isso é o Demônio. O Demônio o ajudou!" Agora essa história é contada com muita frequência nas igrejas em todo o mundo e as pessoas choram muito por causa disso, dizendo: "Ó, se eu estivesse lá não teria sido tão estúpido quanto os judeus!" Ainda assim, ironicamente, essas pessoas fazem exatamente o que os judeus faziam quando, em apenas três minutos após você ter mostrado uma pequena parte do Alcorão, tudo que conseguem dizer é: "Ó, o Demônio fez isso. O Demônio escreveu esse livro!" Como estão encurralados e não têm outra resposta viável, recorrem à desculpa mais rápida e barata disponível.
A fonte do Alcorão
Outro exemplo do uso dessa posição fraca por parte das pessoas pode ser encontrado na explicação dos mecanos sobre a fonte da mensagem de Muhammad. Costumavam dizer: "Os demônios trazem para Muhammad aquele Alcorão!" Mas para cada sugestão feita, o Alcorão dá a resposta. Uma passagem (capítulo Al-Qalam 68:51-52) em particular afirma:
"E dizem: Em verdade, está possuído! E este (Alcorão) não é mais do que uma mensagem para todo o universo."
Assim, dá um argumento como resposta para essa teoria. De fato, há muitos argumentos no Alcorão em resposta à sugestão de que demônios trouxeram a mensagem para Muhammad. Por exemplo, no capítulo 26 Deus claramente afirma:
"E não foram os malignos que o (Alcorão) trouxeram. Porque isso não lhes compete, nem poderiam fazê-lo. Posto que lhes está vedado ouvi-lo." (Alcorão 26:210-212)
E em outra passagem (Surata an-Nahl 16:98) no Alcorão, Deus nos instrui:
"Quando leres o Alcorão, ampara-te em Deus contra Satanás, o maldito."
Agora é assim que Satanás escreve um livro? Ele diz: "Antes de ler meu livro, peça a Deus para salvá-lo de mim?" Isso é muito, muito complicado. De fato, um homem pode escrever algo desse tipo, mas Satanás faria isso? Muitas pessoas ilustram claramente que não conseguem chegar a uma conclusão sobre esse assunto. Por um lado, alegam que Satanás não faria tal coisa e mesmo que pudesse fazê-lo, Deus não lhe permitiria. Mas, por outro lado, também acreditam que Satanás é pouco menos que Deus. Em essência, alegam que o Demônio provavelmente pode fazer tudo que Deus faz. E, como resultado, quando olham para o Alcorão, mesmo ficando tão surpresos com o quanto ele é admirável, ainda insistem: "O Demônio fez isso!"
Louvado seja Deus, os muçulmanos não têm essa atitude. Embora Satanás possa ter algumas habilidades, elas estão muito distantes das habilidades de Deus. E nenhum muçulmano é muçulmano a menos que acredite nisso. É de conhecimento geral mesmo entre não-muçulmanos que o Demônio pode cometer erros facilmente e seria de esperar que se contradissesse se e quando escrevesse um livro. Porque, de fato, o Alcorão afirma (Surata an-Nisa 4:82):
"Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem, que não de Deus, haveria nele muitas discrepâncias."
Mitomania
Junto com as desculpas que os não-muçulmanos apresentam em tentativas fúteis de justificar versículos inexplicáveis no Alcorão, há outro ataque feito com frequência que parece ser uma combinação das teorias de que Muhammad era louco e mentiroso. Basicamente essas pessoas propõem que Muhammad era insano e como resultado de sua ilusão, mentiu e enganou pessoas. Há um nome para isso em psicologia. É chamado de mitomania. Simplesmente significa que uma pessoa mente e acredita em suas mentiras. É disso que os não-muçulmanos dizem que Muhammad sofria. Mas o problema com essa proposta é que quem sofre de mitomania não consegue lidar com quaisquer fatos, e todo o Alcorão é inteiramente baseado em fatos. Tudo contido nele pode ser pesquisado e estabelecido como verdadeiro. Uma vez que fatos são um problema para mitomaníacos, quando um psicólogo tenta tratar alguém que sofre dessa condição ele continuamente confronta a pessoa com fatos.
Por exemplo, se alguém é doente mental e alega "sou o rei da Inglaterra", um psicólogo não diz para ele "não, você não é. Você é louco!" Ele não faz isso. Ao contrário, o confronta com fatos e diz "Ok, você diz ser o rei da Inglaterra. Então me diga onde está a rainha hoje. E onde está seu primeiro-ministro? E onde estão seus guardas?" Agora, quando o homem tem problemas tentando lidar com essas perguntas, ele tenta dar desculpas dizendo "Hummm... a rainha... foi para a casa da mãe. ...o primeiro-ministro... bem, ele morreu." E no fim ele é curado porque não consegue lidar com os fatos. Se o psicólogo continua confrontando-o com fatos suficientes finalmente ele enfrenta a realidade e diz: "Acho que não sou o rei da Inglaterra."
O Alcorão aborda a todos que o leem de maneira muito parecida com a forma que um psicólogo trata seu paciente com mitomania. Há um versículo no Alcorão (Surata Yunus 10:57) que afirma:
"Ó humanos! Já vos chegou uma exortação do vosso Senhor, a qual é um bálsamo para a enfermidade que há em vossos corações, e é orientação e misericórdia para os crentes."
À primeira vista essa afirmação parece vaga, mas o significado desse versículo é claro quando é visto à luz do exemplo acima mencionado. Basicamente, uma pessoa é curada de suas ilusões lendo o Alcorão. Em essência, é terapia. Literalmente cura as pessoas iludidas ao confrontá-las com fatos. Uma atitude predominante em todo o Alcorão é que diz: "Ó humanos, dizem isso e aquilo sobre esse assunto, mas e sobre tal e tal? Como podem dizer isso quando sabem disso?" E assim por diante. Força a pessoa a considerar o que é relevante e o que importa, enquanto simultaneamente cura de ilusões que fatos apresentados por Deus para a humanidade podem ser explicados facilmente, afastando teorias e desculpas inconsistentes.