O que é Taoísmo? (parte 2 de 2): Virtudes comuns não formam uma conexão religiosa

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Descrição: Uma breve comparação entre as crenças do Taoísmo e do Islã.

  • Por Aisha Stacey (© 2015 IslamReligion.com)
  • Publicado em 28 Dec 2015
  • Última modificação em 28 Dec 2015
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Taoism2.jpgCompaixão, moderação e humildade. Essas são as três joias ou atributos com as quais os taoístas observam para ter uma vida boa e que vale a pena.  São as mesmas características morais valorizadas pelos muçulmanos.  As primeiras três joias (algumas vezes conhecidas como tesouros) é ci, literalmente compaixão, ternura, amor, misericórdia, gentileza ou benevolência.   Também é um termoclássico chinês para mãe.  A segunda é jian, literalmente moderação, economia, comedimento, ser regrado.  O terceiro tesouro é uma frase de seis caracteres chineses, ao invés de uma única palavra: Bugan wei tianxia xian.  É traduzida como humildade, mas realmente significa mais que isso. De acordo com a sabedoria taoísta é uma forma de evitar morte prematura.   Estar na frente do mundo é se expor, se tornar vulnerável às forças destrutivas do mundo, enquanto que permanecer para trás e ser humilde é se permitir tempo para colher plenamente os frutos.

Vejamos como isso se compara com as mesmas virtudes ensinadas no Islã.  A coisa mais importante a notar é que compaixão é a primeira e é uma palavra ligada com a palavra chinesa clássica para mãe.  Sabemos que no Islã Deus é conhecido como O Misericordioso.   O dicionário define misericórdia como disposição a gentileza e perdão e o sentimento que motiva compaixão.  O termo árabe para misericórdia érahmah e a palavra árabe para útero,raheem, é derivada da mesma palavra raiz.  É significativo que exista uma conexão única entre a misericórdia de Deus e o útero.  Deus nos nutre e abriga, assim como o útero nutre e abriga a criança não nascida.  A conexão entre misericórdia, compaixão e maternidade é óbvia tanto no termo islâmico rahmah e na joia taoísta, compaixão.

E sobre moderação?  É claramente uma virtude importante no Taoísmo, mas e no Islã?  Em conformidade com a abordagem holística da vida no Islã, tudo deve ser feito com moderação.   Não há razão ou desculpa para comportamento extremo ou fanático.  O Alcorão se refere aqueles que verdadeiramente seguem o Islã como a comunidade do caminho do meio. 

"E, deste modo, (ó muçulmanos), contribuímos-vos em uma nação de centro..." (Alcorão 2:143)

A terceira joia, a humildade, também é uma virtude altamente louvável no Islã.   Entretanto, o Islã enfatiza que a humildade é uma característica que nos levará a uma vida abençoada para sempre, enquanto que o Taoísmo parece colocar uma grande ênfase sobre a humildade nessa vida para uma vida plena.  Ibadahé a palavra árabe para adoração, mas a raiz da palavra ubudiyyah significa expressar humildade ou simplicidade.  É o sentido completo de simplicidade que toma conta de quem está totalmente submetido à vontade de Deus, o Todo-Poderoso.   Adoração é submissão a Deus e a parte essencial da submissão é a humildade.  Assim, somos capazes de ver que as virtudes essenciais do Taoísmo e do Islã são virtualmente as mesmas.  Não é surpresa, porque a maioria das religiões enfatiza a necessidade de altos padrões morais e comportamento virtuoso.

Os locais para atividades taoístas são chamados palácios taoístas (gong) ou templos (guan).  Os taoístas geralmente preferem construir seus templos em montanhas e florestas serenas, mas à medida que se espalhou mais e mais templos foram construídos em áreas urbanas.  Cada um deles passou a abrigar um grande número de estátuas de deidades e imortais.  Isso nos leva a fazer uma pergunta essencial: o que exatamente o Taoísmo diz sobre a base da crença islâmica, a unicidade de Deus? Como o Taoísmo vê Deus?  Existe algum conceito de Deus na religião do Taoísmo. Entretanto, como aprendemos na parte 1, embora os taoístas aceitem a necessidade de um ser supremo, acreditam que seja além da compreensão humana.

Consequentemente, o Taoísmo aceita o conceito de Deus.  Entretanto, de acordo com A Personal Tao (Um Tao Pessoal), "Essa pergunta é irrelevante.  Deus pode ou não existir e, qualquer que seja o estado, não muda a forma como levamos nossas vidas.  Nossas vidas são expressões de ação entre nós mesmos e o universo.  Respeitar o ambiente que nos cerca é um aprofundamento do respeito a nós mesmos.  Essa maneira de viver não muda, independente da natureza de Deus ou o Tao".[1] Na parte 1 tocamos ligeiramente no fato de que o Taoísmo foi capaz de abraçar outras filosofias e religiões existentes na China, porque é possível praticar o Taoísmo ao mesmo tempo com outras religiões.  Muitos budistas chineses também são taoístas.  Entretanto, isso levou a um politeísmo único no Taoísmo que não existia quando foi praticado pela primeira vez.

Há uma hierarquia de deuses e imortais no Taoísmo.  No topo da hierarquia estão o Venerável Celestial do Início Primordial, o Venerável Senhor Celeste do Tesouro do Espírito Coletivo e o Venerável Senhor Celeste do Caminho e da Virtude.  Abaixo deles estão os deuses de níveis mais baixos que recebem responsabilidades de acordo com suas realizações.  O mais elevado entre eles é o Imperador de Jade, seguido pelas quatro maiores deidades e outros seres celestiais e imortais.  Deidades e imortais diferentes têm responsabilidades diferentes.  Entre os mais conhecidos estão os seres celestiais encarregados do vento, chuva, trovão, raio, água e fogo, o Deus da Fortuna, o Deus da Cozinha, o Deus da Cidade e o Deus da Terra.[2]

A idolatria e o politeísmo não têm lugar no Islã, nem os muçulmanos acreditam que seja possível praticar mais de uma religião ao mesmo tempo.  Embora existam semelhanças especialmente na área de comportamento virtuoso, elas não conectam as duas religiões de forma alguma.   Os muçulmanos acreditam em um Deus Único e incomparável, Que sozinho é o Todo-Poderoso, o Criador, o Soberano e o Provedor de tudo em todo o universo.   Somente Ele deve ser adorado e somente para Ele devemos dirigir nossas súplicas e direcionar todos os atos de adoração.  Ele não precisa de nada de Sua criação, mas sim Sua criação que depende Dele para todas as suas necessidades.   O Islã dá um propósito claro de vida e deu leis que levam uma pessoa a uma vida bem-sucedida e feliz nesse mundo e bênção eterna na Outra Vida.



Notas de rodapé:

[1] A Personal Tao de Casey Kochmer

[2] (http://www.taoist.org.cn/webfront/English.jsp)

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