Amber Acosta, Ex-Católica, EUA

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Descrição: Uma jovem criada e educada como católica encontra no Islã o que buscava no Catolicismo.

  • Por Amber Acosta
  • Publicado em 15 Oct 2012
  • Última modificação em 15 Oct 2012
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Pobre Melhor

Por que me tornei muçulmana?  Posso lembrar muito claramente do dia em que oficialmente me converti na mesquita de Al-Azhar no Cairo. Sou do estado de Connecticut (EUA), mas o que me levou até aquele dia permanece como uma busca inconsciente e ainda assim contínua por Deus.

Quando criança sempre tive certeza da religião e de Deus,  mas nunca na forma em que o Catolicismo foi-me apresentado.  Nunca consegui entender como Deus podia ser três (com a Trindade), orar para muitas pessoas como Jesus (que a paz esteja sobre ele), Maria e vários santos, o conceito de pecado original, como os padres podiam simplesmente "perdoar" os pecados ou por que havia centenas de Bíblias completamente diferentes.

Consequentemente, essas eram apenas umas das poucas coisas que ninguém, inclusive padres, podia abordar ou até mesmo explicar.  Era surpreendente que ia à igreja e a educação religiosa acabava, mas saía sem saber exatamente o que devia fazer para ser uma boa cristã.  Aprendi que devia ser “boa”, “caridosa”, “cuidadosa”, “ter misericórdia” e muitas outras características desejáveis, mas não havia qualquer aplicação prática de como eu devia fazer isso.

Buscava por uma forma de me conectar com o Deus Único que conhecia e para O qual orava, e também por uma estrutura de Deus que me ensinasse como exatamente devia levar minha vida.  Mas a vida seguiu em frente e com a pressão de minha família e minha objeção, dei prosseguimento à iniciação na igreja católica.  Até a universidade a religião não era mais que um incômodo nas manhãs de domingo.  Deus, entretanto, continuava presente.

Aconteceu de eu ir para uma universidade católica e pensei em dar ao Catolicismo uma última chance.  Queria desesperadamente alcançar Deus.  Tentei ao máximo mais uma vez encontrar uma forma através dos únicos meios que sabia serem possíveis e não funcionou.  Finalmente renunciei ao Catolicismo, o que significava que era hora de explorar outras opções.

O Catolicismo e denominações cristãs estavam fora por causa de meus problemas anteriores com eles e também o Judaísmo, por sua descrença em Jesus.  Embora tivesse problemas com o Cristianismo, sempre tive certeza de que Jesus tinha uma mensagem poderosa para a humanidade – a mensagem de adorar a um único Deus.  Nunca entendi como os cristãos acabaram adorando o próprio Jesus.  Tinha certeza de que ele nunca quis isso.  Fiquei com mais uma opção – o Islã.

Estava familiarizada com o Islã através de viagens anteriores ao Egito e estava aberta para a possibilidade dessa crença.  Não era estranha para mim, embora na época não conhecesse muçulmanos além de um amigo ou dois no Egito.

Comecei a ler o Alcorão e a buscar informação sobre o Islã na internet.  Lembro que meu primeiro sentimento sobre o Alcorão foi que sabia instintivamente que não podia ter sido escrito por uma mão humana; estava além disso.  Estava em franco contraste com minha leitura da Bíblica, que parecia uma coleção de histórias escritas por um homem.  Esse amor pelas palavras do Alcorão e o fato de ser somente um e inalterado Alcorão desde sua revelação para o profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, não foram as únicas coisas que me impressionaram.

Sentia-me bem em relação a tudo que aprendia sobre o Islã.  Esse sentimento significava muito e continuei a pesquisar, aprender e a gostar.  Mais importante, encontrei respostas para meus dois problemas religiosos do passado (querer adorar um Deus e a estrutura).  O Islã é estritamente monoteísta porque os muçulmanos adoram somente Deus sem quaisquer parceiros; e o Alcorão e a Sunnah (os ditos e ações do profeta [que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele]) dão um sistema de vida completo de vida a seguir.  Finalmente sabia exatamente o que tinha que fazer para ser uma boa cristã: tinha que me tornar muçulmana!

Durante os dois últimos anos de universidade mantive as crenças do Islã, não muito certa do que fazer com elas em um ambiente universitário católico.  Sabia em meu coração que era muçulmana, mas não sabia como dar a notícia à minha família e amigos.

Depois da universidade recebi uma oferta de estágio no Egito e retornei alegremente.  Fiz muitos bons amigos muçulmanos, inclusive meu futuro marido, que me ajudou a me converter oficialmente e aprendi muitas coisas que são importantes na religião.  Tive sorte por todo o apoio maravilhoso que recebi.

Não foi fácil dizer às pessoas que era muçulmana.  Embora algumas pessoas tenham ficado felizes por eu ter encontrado uma religião que amo, nem sempre recebo congratulações ou mesmo respostas educadas, mas fiquei mais forte por causa disso.  Posso defender minha fé e agradeço a Deus todos os dias por ser muçulmana.  Lembro-me de ter crescido confusa sobre Deus e religião.  Finalmente sinto-me complacente e feliz a cada dia que passa, porque agora entendo a verdade.

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