Temos boas razões para acreditar? (parte 1 de 2)

Classificação:
Tamanho da fonte:
A- A A+

Descrição: É lógico acreditar em um Criador e irracional pensar diferente.

  • Por onereason.info
  • Publicado em 20 Oct 2014
  • Última modificação em 22 Jul 2018
  • Impresso: 35
  • 'Visualizado: 16,180
  • Classificação: nenhum ainda
  • Classificado por: 0
  • Enviado por email: 0
  • Comentado em: 0
Pobre Melhor

Por que o universo é dessa forma?

Goodreasonsto.jpgUma das perguntas mais importantes que quase todos os pensadores, filósofos e pessoas como você e eu fazemos é "Por que o universo existe afinal? E por que é dessa forma?" Em resposta a essa pergunta há aqueles que dizem que o universo não tem causa. Em outras palavras, é eterno, o que significa que não tem começo e nem fim.  Se isso for verdade, deve haver um histórico infinito de eventos passados.  Entretanto, o infinito no mundo real não é possível, já que implica uma quantidade que não tem limite.  Levemos os exemplos a seguir em consideração: se houvesse um número infinito de livros em um quarto e dois fossem removidos, quantos ficariam?  A resposta pode ser "infinito", ou para aqueles logicamente inclinados, "infinito menos dois".  Em qualquer caso as respostas não fazem sentido porque, embora dois tenham sido retirados do infinito, ainda permanece o infinito! Consequentemente, não somos capazes de contar os livros remanescentes no quarto.  Portanto, o infinito leva a contradições e simplesmente não existe no mundo real (embora exista no discurso matemático, mas baseado em certos axiomas e convenções).  Sendo assim, logicamente o universo deve ter um histórico finito de eventos passados que indica que deve ter começado a existir em algum ponto no tempo.

O que foi dito acima pode soar muito filosófico, mas também é apoiado por evidência científica. Stephen Hawking em sua palestra O Início do Tempo afirma: "A conclusão dessa palestra é que o universo nem sempre existiu. Ao contrário, o universo e o próprio tempo tiveram um começo no Bing Bang há 15 milhões de anos." [1]De acordo com cosmólogos contemporâneos, o universo começou no tempo zero com o evento comumente chamado de "Bing Bang".  A teoria postula que o universo começou com uma "singularidade", uma entidade extremamente quente e densa que se expandiu e subsequentemente esfriou, indo de algo incrivelmente pequeno e quente ao tamanho e temperatura atuais de nosso universo.  À luz desses fatos, é interessante notar que não há explicação científica para o que aconteceu antes do tempo zero.  Além disso, a teoria do Bing Bang só pode postular o que aconteceu 1 x 10-34 segundos depois do Bing-Bang, mas nem um segundo antes disso.  O que aconteceu antes desse ponto no tempo em particular é desconhecido.

No contexto da discussão acima, pode-se concluir que os físicos geralmente concordam que como resultado do Bing Bang, foram criados tempo e espaço físicos, assim como energia e matéria.  Duas premissas podem ser tiradas de tudo acima: 1. O que começa a existir tem uma causa   2. O universo começou a existir - portanto, o universo tem uma causa.  Como chegamos a essa conclusão?  Bem, se tudo que conhecemos e vemos que começa a existir tem uma causa, por exemplo um barulho no quarto ou as pirâmides em Giza, então o universo - que também começou a existir - também deve ter uma causa.

A causa para o universo = Deus?

Nossa discussão até agora forneceu boas razões para acreditar que deve ter havido uma causa para o universo.  Entretanto, não nos diz muito sobre qual é a causa, mas se pensarmos profundamente sobre a natureza da causa - também conhecida com análise conceitual - podemos concluir que deve ser muito poderosa, uma vez que provocou a existência de todo o universo e deve ser:

Uma...

A causa para o universo deve ser uma única causa por várias razões.  Um argumento atraente para substanciar essa afirmação inclui o uso do princípio racional chamado de navalha de Occam.  Esse princípio é comumente resumido como "a explicação mais simples é a melhor explicação".  Em termos filosóficos, o princípio ordena que não devemos multiplicar entidades além da necessidade.  Significa basicamente que devemos nos ater às explicações que não criam mais perguntas do que respostas.  No caso da causa para o universo, não temos evidência para reivindicar multiplicidade, em outras palavras, mais de uma, e se o fizéssemos, criaríamos mais perguntas que respostas.

Não causado & eterno...

Essa causa também não deve ser causada devido ao absurdo de um regresso infinito, em outras palavras, uma cadeia infinita de causas.  Para ilustrar melhor, se a causa do universo tiver uma causa e aquela causa tiver uma causa ad infinitum, então não haveria um universo sobre o qual falar, em primeiro lugar.  Por exemplo, imagine se um operador da bolsa negociando na Bolsa de valores não fosse capaz de comprar ou vender suas ações antes de pedir permissão ao investidor e então esse investidor tivesse que checar com o dele e isso acontecesse indefinidamente, o operador conseguiria comprar ou vender suas ações?  A resposta é não. Similarmente, se aplicarmos isso ao universo, teríamos que aplicar uma causa não causada devido a essa necessidade racional.

Entretanto, alguns filósofos e cientistas afirmam que "por que não ser o universo a causa em si?" e "por que a causa não pode parar no universo?" Bem, o problema com essas afirmações é que implicariam que o universo se autocriou, o que é absurdo porque como algo pode existir e não existir ao mesmo tempo?  Finalmente, seria irracional afirmar que aquilo que começa a existir, é sua própria causa!

Imaterial...

A causa tem que ser imaterial, já que criou tudo.  Se você tomar qualquer estado de existência física, concluiria que aquele estado de existência física se deve a outro estado de existência física.  E que aquele estado de existência física, se deve a outro estado de existência física.  Mas você não pode voltar estados de existências físicas ad infinitum.  Tem que haver um começo para todo o estado de existências físicas.  Portanto, a conclusão lógica é que a origem de toda a criação tem que ser um estado não físico.  Depois de pensar sobre a natureza da causa para o universo, chegamos a notável percepção de que ele tem todos os atributos básicos do Deus monoteísta tradicional, nominalmente que Ele é único, eterno e imaterial.  Mas quais razões temos para começar a reivindicar que uma religião em particular é verdadeira?  Isso nos leva a discutir o Alcorão, o livro dos muçulmanos.



Notas de rodapé:

[1] (http://www.hawking.org.uk/index.php/lectures/publiclectures/62)

Pobre Melhor

Temos boas razões para acreditar? (parte 2 de 2)

Classificação:
Tamanho da fonte:
A- A A+

Descrição: O que faz do Islã a única religião verdadeira de Deus.

  • Por onereason.info
  • Publicado em 20 Oct 2014
  • Última modificação em 21 Oct 2014
  • Impresso: 31
  • 'Visualizado: 17,407
  • Classificação: nenhum ainda
  • Classificado por: 0
  • Enviado por email: 0
  • Comentado em: 0
Pobre Melhor

O Alcorão

DoWeHaveGoodReasons2.jpgO Alcorão não é um livro comum.  Foi descrito por muitos que se envolvem com o livro como um texto imponente, mas a forma como se impõe ao leitor não é negativa e sim positiva.  Isso porque busca engajar positivamente sua mente e suas emoções e chega a isso fazendo perguntas profundas, como "Assim, pois, aonde ides? Certamente, não é mais do que uma mensagem, para o universo. Para quem de vós se quiser encaminhar." [1] e "Porventura não refletem em si mesmos?" [2]

Entretanto, o Alcorão não para ali. Desafia toda a humanidade em relação a sua autoria divina e ousadamente afirma: "E se tendes dúvidas a respeito do que revelamos ao Nosso servo (Muhammad), componde uma surata semelhante à dele (o Alcorão), e apresentai as vossas testemunhas, independentemente de Deus, se estiverdes certos.

Porém, se não o dizerdes - e certamente não podereis fazê-lo - temei, então, o fogo infernal cujo combustível serão os idólatras e os ídolos."[3]

Esse desafio se refere a várias maravilhas no Alcorão, até mesmo em seu menor capítulo, que nos dá boas razões para acreditar que vem de Deus.  Algumas dessas razões são históricas e científicas.

História...

Há muitas afirmações históricas no Alcorão que nos apresentam boas razões de que vem de Deus.  Uma delas é que o Alcorão é o único texto religioso a usar títulos diferentes para os governantes do Egito em épocas diferentes.  Por exemplo, ao se dirigir ao governante egípcio na época do profeta Yusuf (José), é usada a palavra "Al-Malik" que se refere a rei (nota: durante o meado do velho reinado, famílias asiáticas dos hicsos governaram o Egito e eles não usavam o título faraó, como o Alcorão menciona: "Então, disse o rei: Trazei-me esse homem!’").[4]

Em contraste, o governante do Egito na época do profeta Musa (Moisés) é chamado de faraó, em árabe "Firaown".  Esse título em particular começou a ser empregado no século 14 A.C., durante o reinado de Amenhotep IV. Isso é confirmado pela Enciclopédia Britânica que afirma que a palavra faraó era um título de respeito usado a partir do Novo Reinado (iniciado com a 18ª dinastia (1539-1292 A.C.) até a 22ª dinastia (945-730 A.C.).

Então, o Alcorão é historicamente preciso já que o profeta Yusuf viveu pelo menos 200 anos antes daquela época e a palavra "rei" era usada pelos reis hicsos, não a palavra faraó.

À luz disso, como o profeta Muhammad poderia saber desse pequeno detalhe histórico? Especialmente quando todos os outros textos religiosos, como a Bíblia, apenas mencionam faraó como um título para todas as épocas? Uma vez que as pessoas na época da revelação não conheciam essa informação e os hieróglifos eram uma língua morta, o que isso diz sobre a autoria do Alcorão? Não há explicação naturalista.

Ciência...

O Alcorão sempre menciona a natureza como um sinal da existência, poder e majestade de Deus.  Toda vez que são mencionados, são expressos com grande precisão e também nos dão informação que não podia ser conhecida na época do profeta Muhammad.  Um desses sinais inclui a função e estrutura de montanhas.  O Alcorão menciona que as montanhas têm estruturas semelhantes a "estacas" e foram embutidas na terra para estabilizá-la, um conceito conhecido em geologia como isostasia.  O Alcorão menciona: "E produzimos firmes montanhas na terra, para que esta não oscilasse com eles…" [5] e "Acaso, não fizemos da terra um leito e das montanhas, estacas?" [6]

As representações eloquentes dos fatos mencionados acima são confirmadas pela ciência moderna, que só vieram a ser compreendidas no final do século 20.  No livro Terra, do Dr. Frank Press, ex-presidente da Academia Nacional de Ciências dos EUA, é afirmado que as montanhas são como estacas e estão enterradas profundamente na superfície da Terra.[7]

 Com relação ao papel vital das montanhas, anteriormente entendia-se que as montanhas eram mera protrusões acima da superfície da Terra.  Entretanto, os cientistas perceberam que não era o caso e que as partes conhecidas como raízes das montanhas tinham uma profundidade de 10 a 15 vezes sua altura.  Com essas características as montanhas desempenham um papel semelhante ao de um prego ou pino que segura firmemente uma tenda e foi descoberto por pesquisas geológica e sísmica modernas, um conceito conhecido como isostasia.[8]

Em conclusão, como podemos explicar isso à luz dos fatos de que é ciência relativamente recente (sem que ninguém na época da revelação conhecesse essa informação)? O que isso diz a você sobre o autor? Mais uma vez, não há explicação naturalista.

A vida é absurda sem Deus?

A escritora Loren Eiseley disse que o homem é um órfão cósmico.  Isso é muito profundo, já que o homem é a única criatura no universo que pergunta "por quê?" Outros animais têm instintos que os guiam, mas o homem aprendeu a questionar.  Se muitas dessas perguntas feitas pelo homem excluem Deus, então a conclusão é simples: somos subprodutos acidentais da natureza, um resultado de matéria, mais tempo, mais acaso.  Não há razão para sua existência e tudo que enfrentamos é a morte.  O homem moderno pensou que quando se livrasse de Deus tinha se livrado de tudo que o reprimia e sufocava.  Em vez disso, descobriu que ao matar Deus, também tinha matado a si mesmo.

Se não existe Deus, então o homem e o universo estão condenados.  Como prisioneiros condenados à morte, esperamos nossa execução inevitável.  Qual é a consequência disso? Significa que a vida em si é absurda.  Que a vida que temos não tem significância, valor ou propósitos últimos.  Por exemplo, de acordo com a visão ateia de mundo, essa vida não tem propósito ou, no melhor dos casos, só foi reunida para propagar nosso DNA.  A forma como alguns ateus saem disso é dizendo que podemos criar propósitos para nós mesmos. Entretanto, esse é um autoengano quando tentamos e encontramos algum propósito atribuindo propósito às coisas que fazemos na vida, mas removemos o propósito de nossas próprias vidas.  Sem Deus nossas vidas não têm qualquer significado último.  Se nossos fins são os mesmos, no sentido de apenas passar pela existência, que significado isso dá as nossas vidas? Importa se existimos? Se o universo nunca existisse, que diferença faria?

Existencialistas como Jean-Paul Sartre e Albert Camus compreenderam a realidade sem significado da vida, na ausência do reconhecimento de propósito para nossa existência.  É por isso que Sartre escreveu sobre a "náusea" da existência e Camus via a vida como absurda, indicando que o universo não tem significado algum.  O filósofo alemão Friedrich Nietzsche argumentou em pronunciamentos claros e concisos que o mundo e a história humana não têm qualquer significado, qualquer ordem racional ou objetivo.  Nietzsche argumentou que só existe um caos insensato, um mundo sem direção e sem fim.  Não é de admirar que o filósofo Arthur Schopenhauer tenha dito que desejava que o mundo nunca tivesse existido.  Todas essas opiniões sobre o mundo são conclusões absurdas esculpidas pela visão ateia de mundo.



Notas de rodapé:

[1]Alcorão, capítulo 81 versículos 26-28

[2]Alcorão, capítulo 30 versículo 8

[3]Alcorão capítulo 2, versículo 23

[4]Alcorão capítulo 12 versículo 50

[5]Alcorão capítulo 21 versículo 31

[6]Alcorão capítulo 78 versículos 6-7

[7] Frank Press e Raymond Siever, Earth (Terra), 3ª ed.  (São Francisco: W.  H.  Freeman & Company: 1982

[8] M.  J.  Selby, Earth's Changing Surface (A superfície mutante da Terra) (Oxford: Clarendon Press: 1985), 32.

Pobre Melhor

Partes deste Artigo

Adicione um comentário

  • (Não é mostrado ao público)

  • Seu comentário será analisado e publicado dentro de 24 horas.

    Campos marcados com um asterisco (*) são obrigatórios.

Mais visualizados

Diariamente
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Total
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Favorito del editor

(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Listar conteúdo

Desde sua última visita
Esta lista no momento está vazia.
Todos por data
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Mais populares

Melhores classificados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais enviados por email
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais impressos
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais comentados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Seus Favoritos

Sua lista de favoritos está vazia. Você pode adicionar artigos a esta lista usando as ferramentas do artigo.

Sua História

Sua história está vazia.

Minimize chat