Hajj – A Jornada de Uma Vida (parte 1 de 2): O Dia de Arafah e sua Preparação
Descrição: Um quinto da humanidade compartilha uma mesma aspiração: completar, pelo menos uma vez na vida, a jornada espiritual chamada de Hajj. Parte Um: Introdução ao Hajj e alguns dos rituais que levam ao dia do Hajj.
- Por Nimah Ismail Nawwab (editado por M. Abdulsalam)
- Publicado em 04 Jan 2009
- Última modificação em 03 Jun 2024
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O hajj, ou peregrinação à Meca, um dever central do Islã cujas origens remontam ao Profeta Abraão, reúne os muçulmanos de todas as raças e línguas para uma das experiências espirituais mais comoventes da vida.
Por 14 séculos, incontáveis milhões de muçulmanos, homens e mulheres dos quatro cantos da terra, têm feito a peregrinação à Meca, o local de nascimento do Islã. Ao executar essa obrigação, eles cumprem um dos cinco “pilares” do Islã, ou deveres religiosos centrais do crente.
Os muçulmanos seguem as origens registradas da peregrinação divinamente prescrita ao Profeta Abraão. De acordo com o Alcorão, foi Abraão quem, junto com Ismael, construiu a Caaba, “a Casa de Deus”, a direção para a qual os muçulmanos se voltam em adoração cinco vezes ao dia. Foi Abraão também quem estabeleceu os rituais do hajj, que relembram eventos ou práticas em sua vida e na de Hagar e seu filho Ismael.
No capítulo intitulado “A Peregrinação”, o Alcorão fala da ordem divina para realizar o hajj e profetiza a permanência dessa instituição:
“E quando indicamos a Abraão o lugar da Casa, dizendo ‘Nada associes a Mim, e purifica Minha Casa para os que a circundam e para os que nela se põem de pé, curvam e se prostram em adoração. E proclama a Peregrinação entre a humanidade: Eles virão a pé ou montados em camelo emagrecido pela longa viagem, vindos de desfiladeiros distantes.’” (Alcorão 22:26-27)
Na época que o Profeta Muhammad, que Deus o exalte, recebeu o chamado divino, entretanto, práticas pagãs tinham contaminado algumas das observâncias originais do hajj. O Profeta, como ordenado por Deus, continuou o hajj abrâmico após restaurar seus rituais à pureza original.
Além disso, o próprio Muhammad instruiu os crentes nos rituais do hajj. Ele fez isso de duas formas: através de sua própria prática, ou através da aprovação de práticas de seus Companheiros. Isso acrescentou alguma complexidade aos rituais, mas também forneceu uma flexibilidade maior na sua execução, em benefício dos peregrinos desde então. É lícito, por exemplo, haver alguma variação na ordem na qual vários rituais são realizados, porque está registrado que o próprio Profeta aprovou essas ações. Assim, os rituais do hajj são elaborados, numerosos e variados; os aspectos de alguns deles são destacados abaixo.
O hajj à Meca é uma obrigação uma vez na vida para cada homem e mulher adultos cuja saúde e meios financeiros o permitam, ou, nas palavras do Alcorão, para “aqueles que possam chegar até lá.” Não é uma obrigação para crianças, embora algumas crianças acompanhem seus pais nessa jornada.
Antes de partir, um peregrino deve repensar todos os seus erros, pagar todas as dívidas, planejar ter fundos suficientes para sua própria jornada e para a manutenção de sua família enquanto ele estiver longe, e se preparar para uma boa conduta durante o hajj.
Quando os peregrinos empreendem a jornada do hajj, eles seguem os passos de milhões antes deles. Hoje em dia centenas de milhares de crentes de mais de 70 nações chegam a Meca por terra, mar e ar todo ano, completando uma jornada que agora é muito mais curta e em alguns casos menos árdua do que costumava ser no passado.
Até o século 19, viajar a longa distância até Meca geralmente significava ser parte de uma caravana. Existiam três caravanas principais: a egípcia, formada no Cairo; a iraquiana, formada em Bagdá; e a síria, que, após 1453, começava em Istambul, reunia peregrinos ao longo do caminho e procedia para Meca de Damasco.
Como a jornada do hajj levava meses se tudo corresse bem, os peregrinos carregavam com eles provisões para sustentá-los na viagem. As caravanas eram elaboradamente supridas com amenidades e segurança se as pessoas que viajavam eram ricas, mas os pobres geralmente ficavam sem provisões e tinham que interromper sua jornada para trabalhar, poupar o que tinham ganho, e então seguir caminho. Isso resultava em longas jornadas que, em alguns casos, duravam dez anos ou mais. Viajar naqueles tempos estava repleto de aventura. As estradas eram inseguras devido a ataques de bandidos. O terreno no qual os peregrinos passavam também era perigoso, e perigos naturais e doenças freqüentemente clamavam muitas vidas ao longo do caminho. Portanto, o retorno bem-sucedido dos peregrinos para suas famílias era ocasião de celebração festiva e gratidão por sua chegada a salvo.
Atraídos pelo mistério de Meca e Medina, muitos ocidentais têm visitado essas duas cidades sagradas, para as quais os peregrinos convergem, desde o século 15. Alguns deles se disfarçam de muçulmanos; outros, que genuinamente se converteram, vêm para cumprir seu dever. Mas todos parecem ter sido movidos por sua experiência, e muitos registraram suas impressões da jornada e dos rituais do hajj em relatos fascinantes. Existem muitos diários de viagem do hajj, escritos em idiomas tão diversos quanto os próprios peregrinos.
A peregrinação acontece a cada ano entre o oitavo e o décimo-terceiro dia de Dhul-Hijjah, o décimo-segundo mês do calendário islâmico lunar. O seu primeiro ritual é adotar a vestimenta de ihram.
O ihram, usado por homens, é uma vestimenta branca sem costura feita de duas peças de tecido; uma cobre o corpo da cintura até abaixo dos joelhos, e a outra é jogada sobre o ombro. Essa vestimenta foi usada por Abraão e Muhammad. As mulheres se vestem como elas usualmente fazem. As cabeças dos homens devem estar descobertas; tanto homens quanto mulheres podem usar uma sombrinha.
O ihram é um símbolo de pureza e de renúncia do mal e de assuntos mundanos. Também indica a igualdade de todas as pessoas aos olhos de Deus. Quando o peregrino usa sua vestimenta branca, ele ou ela entra em um estado de pureza que proíbe discussão, cometer violência contra um homem ou animal e ter relações conjugais. Uma vez que ele ponha suas roupas de hajj o peregrino não pode se barbear, cortar suas unhas ou usar qualquer jóia, e ele usará a sua vestimenta sem costura até completar a peregrinação.
Um peregrino que já está em Meca começa seu hajj do momento em que ele coloca o ihram. Alguns peregrinos vindos de lugares distantes podem ter entrado em Meca mais cedo com seu ihram e podem continuar a usá-lo. O vestir o ihram é acompanhado pela invocação básica do hajj, a talbiyah:
“Aqui estou, Ó Deus, a Teu Serviço! Aqui estou a Teu Serviço! Tu não tens parceiros; Aqui estou a Teu Serviço! Teu é o louvor, a graça e o domínio! Tu não tens parceiros.”
Os cânticos melodiosos e ensurdecedores da talbiyah ecoam não apenas em Meca mas também em outros locais sagrados relacionados com o hajj nas proximidades.
No primeiro dia do hajj, os peregrinos saem de Meca na direção de Mina, uma pequena aldeia desabitada a oeste da cidade. Enquanto as multidões se espalham em Mina, os peregrinos geralmente passam seu tempo meditando e orando, como o Profeta fez em sua peregrinação.
Durante o segundo dia, o nono dia de Dhul-Hijjah, os peregrinos deixam Mina para a planície de Arafat, onde eles descansam. Esse é o ritual central do hajj. Enquanto eles congregam lá, a postura e a reunião dos peregrinos os relembra do Dia do Juízo. Alguns deles se reúnem no Monte da Misericórdia, onde o Profeta fez seu inesquecível Sermão da Despedida, enunciando reformas religiosas, econômicas, sociais e políticas abrangentes. Essas são horas carregadas de emoção, que os peregrinos passam em adoração e súplicas. Muitos choram enquanto pedem a Deus que os perdoe. Nesse local sagrado, eles alcançam o ápice de suas vidas religiosas enquanto sentem a presença e proximidade de um Deus misericordioso.
A primeira mulher inglesa a realizar o hajj, Lady Evelyn Cobbold, descreveu em 1934 os sentimentos que os peregrinos experimentam em Arafat.
“Seria preciso uma pena de mestre para descrever a cena, pungente em sua intensidade, daquela grande reunião de humanidade da qual eu era apenas uma pequena unidade, completamente perdida nas circunstâncias em um fervor de entusiasmo religioso. Muitos dos peregrinos tinham lágrimas correndo por suas bochechas; outros elevavam seus rostos para o céu que tinha testemunhado esse drama tão freqüentemente nos séculos passados. Os olhos brilhantes, os apelos apaixonados, as mãos lastimosas estendidas em oração me comoveram de uma forma que nada tinha feito antes, e eu me senti presa em uma forte onda de exaltação espiritual. Eu era uma com o resto dos peregrinos em um ato sublime de completa submissão à Vontade Suprema que é o Islã.”
Ela continua descrevendo a proximidade que os peregrinos sentem em relação ao Profeta quando estão em Arafat:
“...enquanto eu estava ao lado de um pilar de granito, eu me senti em solo sagrado. Eu vi com os olhos da minha mente o Profeta fazendo seu último sermão, mais de treze séculos atrás, para as multidões em lágrimas. Eu visualizei os muitos pregadores que falaram para incontáveis milhões que se reuniram na vasta planície abaixo, porque essa é a cena culminante da Grande Peregrinação.”
É relatado que o Profeta pediu a Deus o perdão dos pecados dos peregrinos que se reunissem em Arafat, e que teve o seu pedido concedido. Portanto, os peregrinos esperançosos se preparam para deixar a planície com alegria, se sentindo renascidos sem pecados e pretendendo abrir uma nova página.
Hajj – A Jornada de Uma Vida (parte 2 de 2): Os Rituais de Abraão
Descrição: Um quinto da humanidade compartilha uma mesma aspiração: completar, pelo menos uma vez na vida, a jornada espiritual chamada de Hajj. Parte Dois: A procissão de Arafah até o último dos Rituais, e um Hajj aceito pelo Todo-Poderoso.
- Por Nimah Ismail Nawwab (editado por M. Abdulsalam)
- Publicado em 04 Jan 2009
- Última modificação em 07 Jan 2009
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Logo após o pôr-do-sol, a massa de peregrinos prossegue para Muzdalifah, uma planície aberta a meia distância entre Arafat e Mina. Lá eles primeiro oram e então coletam um número fixo de pedras pequenas para usar nos dias seguintes.
Antes do nascer do terceiro dia, os peregrinos se movem em massa de Muzdalifah para Mina. Lá eles jogam as pedras que coletaram previamente em pilares brancos, uma prática associada com o Profeta Abraão. Enquanto os peregrinos jogam sete pedras em cada um desses pilares, eles relembram a estória da tentativa de Satanás em persuadir Abraão a desconsiderar a ordem de Deus de sacrificar o seu filho.
Jogar as pedras é uma tentativa simbólica dos humanos de rejeitar o mal e o vício, não apenas uma vez, mas sete vezes – sendo que o número sete simboliza a infinidade.
Após jogar as pedras, a maioria dos peregrinos sacrifica uma cabra, ovelha ou algum outro animal. Eles dão a carne para os pobres após, em alguns casos, reservarem uma pequena parte para si mesmos.
Esse ritual está associado com a disposição de Abraão em sacrificar seu filho de acordo com o desejo de Deus. Simboliza a disposição do muçulmano de se afastar do que lhe é caro, e nos relembra do espírito do Islã, no qual a submissão à vontade de Deus desempenha um papel preponderante. Esse ato também relembra o peregrino de compartilhar os bens terrenos com aqueles menos afortunados, e serve como uma oferta de gratidão a Deus.
Como a esse ponto os peregrinos já terminaram a maior parte do hajj, lhes é permitido agora tirar o seu ihram e colocar roupas do dia a dia. Nesse dia os muçulmanos em todo o mundo compartilham a felicidade que os peregrinos sentem e se unem a eles realizando sacrifícios individuais idênticos, em uma celebração mundial de ‘Eid al-Adha, “a Festa do Sacrifício.” Os homens ou raspam suas cabeças ou aparam seus cabelos, e as mulheres cortam um cacho simbólico, para marcar a sua desconsagração parcial. Isso é feito como um símbolo de humildade. Todas as proscrições, exceto a de ter relações conjugais, são revogadas.
Após a viagem a Mina os peregrinos visitam Meca para realizar um outro ritual essencial do hajj: o tawaf, circundar sete vezes a Caaba, com uma oração recitada durante cada circuito. Sua circumbulação da Caaba, o símbolo da unicidade de Deus, implica que todas as atividades humanas devem ter Deus como o seu centro. Também simboliza a unidade de Deus e homem.
Thomas Abercrombie, um convertido ao Islã e escritor e fotógrafo para a revista National Geographic, realizou o hajj nos anos 70 e descreveu o sentido de unidade e harmonia que os peregrinos sentem durante a circumbulação:
“Nós circulamos em volta do santuário sete vezes repetindo as devoções rituais em árabe: ‘Senhor Deus, de uma terra distante eu vim para Ti... Conceda-me abrigo sob o Teu trono.’ Envolvidos no redemoinho, elevados pela poesia das orações, nós orbitamos a casa de Deus de acordo com os átomos, em harmonia com os planetas.”
Enquanto fazem seus circuitos os peregrinos podem beijar ou tocar a Pedra Negra. Essa pedra oval, primeiro engastada em uma moldura de prata no século dezessete, tem um lugar especial nos corações dos muçulmanos já que, de acordo com alguns hadiths, é a única remanescente da estrutura original construída por Abraão e Ismael. Mas talvez a razão mais importante para beijar a pedra seja que o Profeta assim o fez.
Nenhum tipo de significância devocional está ligado à pedra, porque ela não é, e nem nunca foi, um objeto de adoração. O segundo califa, Umar ibn al-Khattab, deixou bem claro quando ele próprio, ao beijar a pedra em imitação ao Profeta, proclamou:
“Eu sei que tu não és nada exceto uma pedra, incapaz de fazer bem ou mal. Se eu não tivesse visto o Mensageiro de Deus beijar-te – que as bênçãos e a paz de Deus estejam sobre ele – eu não te beijaria.”
Após completar o tawaf, os peregrinos oram, preferivelmente na Estação de Abraão, o local onde Abraão ficou enquanto construía a Caaba. Então eles bebem da água de Zamzam.
Um outro, e às vezes final, ritual é o sa’y, ou “empenho.” É uma reconstituição de um episódio memorável na vida de Hagar, que foi levada para o que o Alcorão chama de “vale incultivável” de Meca, com seu filho bebê Ismael, para se estabelecer lá.
O sa’y comemora a busca frenética de Hagar por água, para saciar a sede de Ismael. Ela correu de um lado para outro sete vezes entre dois montes rochosos, al-Safa e al-Marwah, até encontrar a água sagrada conhecida como Zamzam. Essa água, que jorrou milagrosamente sob os pequenos pés de Ismael, saiu do mesmo poço de onde os peregrinos bebem hoje.
Com todos esses rituais executados, os peregrinos estão completamente desconsagrados: eles podem retomar todas as atividades normais. Eles agora retornam à Mina, onde ficam até o décimo segundo ou décimo terceiro dia de Dhu al-Hijjah. Lá eles jogam as pedras remanescentes em cada um dos pilares de uma forma praticada ou aprovada pelo Profeta. Então eles se despedem dos amigos que fizeram durante o Hajj. Antes de deixarem Meca, entretanto, os peregrinos fazem um tawaf final em torno da Caaba para se despedirem da Cidade Sagrada.
Geralmente os peregrinos, antes ou depois do hajj, “a peregrinação maior,” fazem a umrah, “a peregrinação menor,” que é sancionada pelo Alcorão e foi realizada pelo Profeta. A umrah, ao contrário do hajj, acontece apenas em Meca e pode ser realizada em qualquer época do ano. O ihram, talbiyah, e as restrições exigidas pelo estado de consagração são igualmente essenciais na umrah, que também compartilha três outros rituais com o hajj: o tawaf, sa’y e raspar ou cortar o cabelo. A observância da umrah pelos peregrinos e visitantes simboliza a veneração pela santidade única de Meca.
Antes ou após ir a Meca, os peregrinos também se beneficiam da oportunidade fornecida pelo hajj ou umrah para visitar a Mesquita do Profeta em Medina, a segunda cidade mais sagrada no Islã. Aqui, o Profeta está enterrado em um túmulo simples. A visita à Medina não é obrigatória, e não é parte do hajj ou umrah, mas a cidade – que deu as boas vindas a Muhammad quando ele imigrou para lá vindo de Meca – é rica em memórias comoventes e locais históricos que o evocam como um Profeta e chefe de estado.
Nessa cidade, amada pelos muçulmanos por séculos, as pessoas ainda sentem o efeito da vida do Profeta. Muhammad Asad, um judeu austríaco que se converteu ao Islã em 1926 e fez cinco peregrinações entre 1927 e 1932, comenta sobre esse aspecto da cidade:
“Mesmo após treze séculos a presença espiritual [do Profeta] está quase tão viva aqui quanto estava então. Foi apenas por causa dele que um grupo disperso de aldeias antes chamadas de Yathrib se tornou uma cidade e tem sido amada por todos os muçulmanos até esse dia, como nenhuma outra cidade em outro lugar do mundo jamais foi. Ela não tem nem um nome seu: por mais de treze séculos tem sido chamada de Madinat an-Nabi, ‘a Cidade do Profeta.’ Por mais de treze séculos, tanto amor convergiu para cá que todas as formas e movimentos adquiriram um tipo de semelhança familiar, e todas as diferenças de aparência encontram uma transição tonal em uma harmonia comum.”
Quando os peregrinos de diversas raças e línguas retornam para suas casas, eles carregam consigo caras memórias de Abraão, Ismael, Hagar e Muhammad. Eles sempre se lembrarão do concurso universal, onde pobres e ricos, negros e brancos, jovens e velhos, se encontram em pé de igualdade.
Eles retornam com um senso de reverência e serenidade: reverência por sua experiência em Arafat, quando se sentiram mais próximos de Deus enquanto ficavam no local onde o Profeta fez o seu sermão durante a primeira e última peregrinação; serenidade por terem deixado seus pecados naquela planície, e estarem, portanto, aliviados desse pesado fardo. Eles também retornam com uma melhor compreensão das condições de seus irmãos no Islã. Assim nasce um espírito de cuidado pelos outros e uma compreensão da sua rica herança que durará o resto de suas vidas.
Os peregrinos voltam radiantes com esperança e alegria, porque cumpriram a antiga injunção de Deus para a humanidade de fazer a peregrinação. Acima de tudo, eles retornam com uma oração em seus lábios: Que isso agrade a Deus, eles oram, para que seu hajj seja aceito, e que o que o Profeta disse seja verdadeiro em relação a suas próprias jornadas individuais:
“Não existe outra recompensa para um peregrino devoto que não seja o Paraíso.” (Al-Tirmidhi)
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