Felicidade no Islã (parte 3 de 3): A felicidade é encontrada na adoração sincera

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Descrição: Os mandamentos de Deus têm a finalidade de trazer felicidade.

  • Por Aisha Stacey (© 2014 IslamReligion.com)
  • Publicado em 07 Apr 2014
  • Última modificação em 07 Apr 2014
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HappinessinIslampart3.jpgNa parte 1 de Felicidade no Islã discutimos a evolução da felicidade no pensamento ocidental e seus efeitos na cultura ocidental.  Na parte 2 reexaminamos as definições de felicidade e tentamos entender a relação entre ciência e felicidade.  Agora, na parte 3, aprenderemos sobre a felicidade nos ensinamentos do Islã. 

O Islã é a religião que é mais que uma religião, é um modo de vida completo.  Nada é tão pequeno ou tão grande para ser coberto pelos ensinamentos do Islã.  Alegre-se e seja feliz, permaneça positivo e em paz.[1] Isso é o que o Islã nos ensina, através do Alcorão e das tradições autênticas do profeta Muhammad, que Deus o louve.  Cada um dos mandamentos de Deus tem como objetivo trazer felicidade para o indivíduo.  Isso se aplica em todos os aspectos da vida, adoração, economia e sociedade.

“A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for crente, concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações.” (Alcorão 16:97)

Como a maioria de nós pode perceber, a felicidade é aquela qualidade etérea que abrange contentamento e paz, é a alegria suave que faz com que nossos lábios, rostos e corações sorriam.   É determinada pela fé em Deus e obediência a Ele.  Assim, felicidade abrange a paz, segurança e submissão que é o Islã.  As injunções e regulamentações do Islã reforçam a felicidade que resulta de conhecer Deus e que ajuda a garantir a felicidade da humanidade durante a vida nesse mundo.  Entretanto, o Islã também enfatiza que a vida desse mundo não é nada mais que um meio de alcançar a Vida Futura.  Ao seguir as orientações do Islã é possível ser feliz, enquanto esperamos por nossa felicidade eterna.

Às vezes, para alcançar a felicidade, as pessoas tentam seguir caminhos complicados e não conseguem ver o caminho mais fácil, que é o Islã.  A felicidade pode ser encontrada no conforto que vem de estar com a verdade.   Pode ser alcançada pela adoração sincera, apressando-se para fazer ações virtuosas, nobres e belas e pela realização de atos de gentileza ou caridade.  Todas essas coisas têm o potencial de nos fazer felizes, todos os dias, sob quaisquer circunstâncias. Mesmo a menor das caridades, para agradar a Deus, pode colocar um sorriso em seu rosto e levar um sentimento de alegria ao seu coração.

“Por outra, o exemplo de quem gasta os seus bens espontaneamente, aspirando à complacência de Deus para fortalecer a sua alma, é como um pomar em uma colina que, ao cair a chuva, tem os seus frutos duplicados; quando a chuva não o atinge, basta-lhe o orvalho. E Deus bem vê tudo quanto fazeis.” (Alcorão 2:265)

O profeta Muhammad disse: “De fato os assuntos de um crente são surpreendentes! Todos são para seu benefício. Se lhe for concedida facilidade é agradecido e é bom para ele. E se for afligido com dificuldade e persevera, é bom para ele.” [2] A natureza da condição humana significa que entre a felicidade pode haver grande tristeza e dentro da dor e desespero pode haver grande alegria.  Um crente aceitará o decreto de Deus para ele e levará uma vida feliz livre de desespero total ou dor insuportável.

O Islã tem a resposta para todos os problemas que afligem a humanidade e saber isso leva à felicidade, porque nos permite ver além da necessidade por autogratificação e da necessidade de adquirir bens.    Seguir o ensinamento do Islã e se empenhar para agradar a Deus nos lembra de que essa vida é apenas uma pausa transitória no caminho da vida eterna.  

“Em troca, quem desdenhar a Minha Mensagem, levará uma mísera vida, e, cego, congregá-lo-emos no Dia da Ressurreição.” (Alcorão 20:124)

Deus diz no Alcorão: “Verdadeiramente! Sou Allah! Não existe deus a ser adorado exceto Eu, adorai-Me.” (Alcorão 20:14) A chave para a felicidade é conhecer e adorar Deus.    Quando alguém adora e lembra-se do Criador como Ele deve ser adorado e lembrado, a felicidade pode ser observada ao nosso redor a qualquer momento e mesmo na noite mais escura.  Está no sorriso de uma criança, no toque de uma mão que nos conforta, na chuva que encharca a terra ou no cheiro da primavera.  Essas coisas podem fazer nossos corações verdadeiramente felizes, porque são manifestações da misericórdia e amor de Deus.  A felicidade pode ser encontrada na adoração.

Para encontra a verdadeira felicidade devemos buscar conhecer Deus, especialmente por meio de Seus nomes e atributos.  Buscar conhecimento benéfico traz felicidade.  Os anjos batem suas asas e mantêm registros dos que buscam conhecimento e o mero pensamento disso coloca um sorriso de felicidade no rosto de um crente.   Nossos predecessores virtuosos compreendiam a felicidade e a alegria inerentes no empenho de ficar próximo de Deus.

O notável sábio muçulmano Ibn Taymiyyah, que Deus tenha misericórdia dele, disse uma vez: “Fiquei doente uma vez e o médico me disse que ler e dar palestras sobre conhecimento só piorariam minha condição. Disse a ele que não podia abandonar esses interesses. Perguntei a ele se o corpo se tornava mais forte e a doença era repelida se a alma se sentisse feliz e alegre. Ele respondeu afirmativamente e, então, eu disse que minha alma encontrava alegria, conforto e força no conhecimento”.

A felicidade perfeita só estará disponível para nós se passarmos a vida futura no Paraíso.  Somente lá encontraremos paz, tranquilidade e segurança totais.  Somente lá estaremos livres do medo, ansiedade e dor que são partes da condição humana.  Entretanto, as orientações fornecidas pelo Islã permitem a nós, humanos imperfeitos, buscar a felicidade nesse mundo.  A chave para ser feliz nesse mundo e no outro é buscar a satisfação de Deus e adorá-Lo, sem associar parceiros a Ele.

“Outros dizem: "Ó Senhor nosso, concede-nos a graça deste mundo e do futuro, e preserva-nos do tormento infernal!"” (Alcorão 2:201)



Notas de rodapé:

[1]Al Qarni, Aaidh Ibn Abdullah, (2003), Don’t be sad.  International Islamic Publishing House, Saudi Arabia.

[2] Saheeh Muslim

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