Vidência (parte 2 de 3)

Classificação:
Tamanho da fonte:
A- A A+

Descrição: Um olhar sobre como a prática de vidência difere do Islã. Parte 2: Papel dos Gênios.

  • Por Dr. Bilal Philips
  • Publicado em 18 Mar 2013
  • Última modificação em 18 Mar 2013
  • Impresso: 72
  • 'Visualizado: 21,221 (média diária: 5)
  • Classificação: nenhum ainda
  • Classificado por: 0
  • Enviado por email: 2
  • Comentado em: 0
Pobre Melhor

Fortunetelling_(part_2_of_3)_por-BR_001.jpgO homem não pode obter o controle sobre os gênios, já que isso foi um milagre especial concedido somente ao profeta SulaymanDe fato, o contato com os gênios em circunstâncias que não sejam de possessão ou acidente é na maioria das vezes feito através da execução de atos sacrílegos desprezados e proibidos na religião.  O gênio maléfico convocado dessa forma pode auxiliar seus parceiros no pecado e descrença em Deus.  Seu objetivo é levar tantos quanto possível para o maior dos pecados, a adoração de outros ao lado de Deus.

Uma vez que contato e contrato com o gênio são feitos por videntes, os gênios podem informá-los de certos eventos no futuro.  O profeta descreveu como o gênio coleta informação sobre o futuro.  Relatou que os gênios eram capazes de viajar aos níveis mais baixos dos céus e ouvir alguma informação sobre o futuro que os anjos passavam entre si.   Então retornava para a terra e transmitia a informação para seus contatos humanos.[1]  Isso costumava acontecer muito antes da missão profética de Muhammad e os videntes eram muito precisos em sua informação.  Eram capazes de conquistar posições nas cortes reais e desfrutavam de muita popularidade e eram até adorados em algumas regiões do mundo.

Depois que o profeta Muhammad iniciou sua missão a situação mudou.  Deus fez os anjos guardarem os níveis mais baixos dos céus cuidadosamente e a maioria dos gênios era expulsa com meteoros e estrelas cadentes.  Deus descreveu esse fenômeno na seguinte afirmação corânica feita por um dos gênios: “Nós (os gênios) quisemos inteirar-nos acerca do céu e o achamos pleno de severos guardiães e flamígeros meteoros.  E costumávamos nos sentar lá, em locais (ocultos), para ouvir; e quem se dispusesse a ouvir agora, defrontar-se-ia com um flamígero meteoro, de guarda.”

Deus também disse:

“E o protegemos de todo o demônio maldito. E aquele que tentar espreitar persegui-lo-á um meteoro flamejante.” (Alcorão 15:17-18)

Ibn Abbas disse: “Quando o profeta e um grupo de seus companheiros partiram para o mercado de Ukad, os demônios foram bloqueados de ouvir informação nos céus.  Os meteoros foram lançados sobre eles, para que retornassem para seu povo.  Quando seu povo perguntou o que aconteceu, eles contaram.  Alguns sugeriram que algo deve ter acontecido, para que se espalhassem sobre a terra procurando a causa.  Alguns deles vieram ao profeta e seus companheiros enquanto estavam fazendo oração e ouviram o Alcorão.  Disseram para si mesmos que devia ter sido que os impediu de ouvir.  Quando retornaram para seu povo, contaram. “Em verdade, ouvimos um Alcorão admirável.  Que guia para a verdade, pelo que nele cremos,  E jamais atribuiremos parceiro alguém ao nosso Senhor.”[2]

Assim, os gênios não puderam mais coletar informação sobre o futuro tão facilmente quanto antes da missão do profeta.  Por causa disso, agora misturam sua informação com muitas mentiras.  O Profeta disse: “Eles (os gênios) passavam a informação adiante até que alcançasse os lábios de um vidente.  Às vezes um meteoro os ultrapassava antes que pudessem passá-la adiante.  Se a passassem adiante antes de serem atingidos, adicionavam a ela centenas de mentiras.” (Saheeh Al-Bukhari, At-Tirmidhi)

Aisha relatou que quando perguntou ao mensageiro de Deus sobre videntes, ele respondeu que não eram nada.  Ela então mencionou que os videntes às vezes diziam coisas que eram verdadeiras.  O Profeta disse: “É um pedaço de verdade que o gênio rouba e cacareja no ouvido de seu amigo, mas ele mistura com ela centenas de mentiras.” (Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim)

Uma vez Umar ibn al-Khatab estava sentado e um belo homem, Sawad Ibn Qarib passou por ele.  Umar disse: “Se não estiver errado, essa pessoa continua seguindo sua religião dos tempos pré-islâmicos ou talvez seja um dos videntes.”  Ordenou que o homem fosse trazido até ele e perguntou sobre o que suspeitava.  O homem respondeu: “Nunca vi um dia como esse em que um muçulmano enfrenta tais acusações.”  Umar disse: “Em verdade, estou determinado que me informe.”  O homem então disse: “Eu era um vidente no tempo da ignorância.”  Ao ouvir isso Umar perguntou: “Conte-me sobre a coisa mais estranha que sua gênia contou a você.”  O homem então disse: “Um dia, enquanto estava no mercado, ela veio até mim toda preocupada e disse: ‘Não viu os gênios em desespero após a desgraça que lhes abateu?  E o fato de seguirem camelas e seus montadores.”  Umar interpôs: “É verdade.” (Saheeh Al-Bukhari)

Os gênios também são capazes de informar seus contatos humanos do futuro relativo.  Por exemplo, quando alguém vai a um vidente, o gênio do vidente obtém a informação do Qarin do homem (o gênio designado para cada ser humano) de quais planos ele havia feito antes de sua vinda.  Então o vidente é capaz de dizer que ele fará isso ou aquilo ou irá aqui ou acolá.  Através desse método, o vidente real também é capaz de aprender sobre o passado do estranho em detalhes vívidos.  Ele é capaz de contar a um completo estranho sobre os nomes de seus pais, onde nasceu, os atos de sua infância, etc.  A habilidade de descrever vividamente o passado é uma das marcas de um verdadeiro vidente que fez contato com o gênio.  Como o gênio é capaz de cobrir grandes distâncias instantaneamente, também são capazes de coletar enormes quantidades de informação sobre coisas ocultas, artigos perdidos ou eventos não observados.  A prova dessa habilidade pode ser encontrada no Alcorão, na história sobre o profeta Sulayman e Bilqis, a rainha de Sabá.  Quando a rainha Bilqis foi vê-lo, ele pediu ao gênio que trouxesse o trono da rainha da terra dela.  “Um Ifrit de entre os gênios disse “eu o trarei antes que possa levantar-se de seu lugar.  Em verdade, sou forte e confiável para a missão.”[3]



Footnotes:

[1]  Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim.

[2] Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim, at-Tirmidhi e Ahmad

[3] Alcorão, capítulo 27.

Pobre Melhor

Partes deste Artigo

Visualizar todas as partes juntas

Adicione um comentário

  • (Não é mostrado ao público)

  • Seu comentário será analisado e publicado dentro de 24 horas.

    Campos marcados com um asterisco (*) são obrigatórios.

Outros Artigos na Mesma Categoria

Mais visualizados

Diariamente
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Total
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Favorito del editor

(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Listar conteúdo

Desde sua última visita
Esta lista no momento está vazia.
Todos por data
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Mais populares

Melhores classificados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais enviados por email
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais impressos
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais comentados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Seus Favoritos

Sua lista de favoritos está vazia. Você pode adicionar artigos a esta lista usando as ferramentas do artigo.

Sua História

Sua história está vazia.

Minimize chat