A Criação de uma Consciência Ambiental (parte 4 de 4): Terra Verde de Deus

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Descrição: O muçulmano crente como um defensor de consciência ecológica e ambiental.

  • Por AbdurRahman Mahdi (© 2011 IslamReligion.com)
  • Publicado em 12 Sep 2011
  • Última modificação em 12 Sep 2011
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“Ele possui as chaves do incognoscível, coisa que ninguém, além d’Ele, possui; Ele sabe o eu há na terra e no mar; e não cai uma folha (da árvore) sem que Ele disso tenha ciência; não há um só grão, no seio da terra, ou nada verde, ou seco, que não esteja registrado no Livro lúcido.” (Alcorão 6:59)

O profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, disse:

“O mundo é verde e belo e Deus os nomeou guardiões dele.” (Saheeh Muslim)

Manter a terra verde, produtiva e benéfica para o homem e animais é uma preocupação muito nobre de acordo com o Islã.  Aprendemos do profeta que:

“Aquele entre os crentes que plantar uma árvore ou semear uma semente e então um pássaro, uma pessoa ou animal se alimentar deles será considerado uma caridade (pela qual pode esperar a satisfação e recompensa de Deus).” (Saheeh Al-Bukhari)

Plantar vegetação é uma tarefa virtuosa aos Olhos de Deus e é encorajada mesmo que seja o ato final de uma pessoa na Terra.  O Profeta disse:

“Mesmo que o Dia do Juízo chegue, se algum de vocês tiver um broto de tamareira na mão, deve plantá-lo.” (Ahmad)

Quanto à questão de quem tem direitos sobre pastagem e os outros recursos que são vitais para a sobrevivência e bem estar da humanidade, o profeta explicitamente declarou:

“As pessoas são parceiras em três coisas: água, pastagem e (combustível para) fogo.” (ibn Maajah)

É disposto no Islã que se os recursos vitais da terra não forem compartilhados equitativamente as sociedades serão polarizadas entre os que têm e os que não têm.  Portanto, aqueles muçulmanos que se encontram em controle de provisões além de suas necessidades são encorajados a serem caridosos e misericordiosos em relação aos menos favorecidos por um lado e censurados por entesouramento e desperdício por outro.  Em qualquer caso, a instituição islâmica obrigatória do zakat (caridade aos pobres), a proibição de riba (usura em todas as suas formas perversas) e o sistema econômico ético do Islã em geral, todos asseguram que a lacuna entre ricos e pobres não permaneça insuperável ou, em qualquer caso, seja altamente porosa.

“Ele foi Quem vos criou pomares, com plantas trepadeiras ou não, assim como as tamareiras, as sementeiras, com frutos vários sabores, as oliveiras e as romãzeiras, semelhantes (em espécie) e diferentes (em variedade). Comei de seus frutos, quando frutificarem, e pagai seu tributo, no dia da colheita, e não vos excedais, porque Deus não ama os perdulários.” (Alcorão 6:141)

A causa do desenvolvimento sustentável - a habilidade das gerações atuais se desenvolverem sem comprometer as necessidades de gerações futuras - está em completa harmonia com os ensinamentos do Islã.  Hoje, menos de 25 por cento da população do mundo consome mais de 75 por cento dos recursos do mundo.  É uma apropriação indevida, mau uso, abuso e uso excessivo dos recursos mundiais que causa consumo insustentável de recursos.  Quanto aos culpados desse abuso, para eles haverá uma severa e merecida reprimenda na Outra Vida, como foi aludido pelo profeta quando disse:

“(Entre os)... três tipos de pessoas com quem Deus, no Dia da Ressurreição, não trocará palavras nem olhará... está aquele que possui água em excesso e a recusa a outros. Deus lhe dirá: “Hoje recusarei a você Minha graça como recusou a outros o excesso do que não tinhas criado.” (Saheeh Al-Bukhari)

“Ele foi Quem vos designou legatários na terra e vos elevou uns sobre outros, em hierarquia, para testar-vos com tudo quanto vos agraciou. Teu Senhor é Destro no castigo, conquanto seja Indulgente, Misericordiosíssimo.” (Alcorão 6:165)

Em realidade, a perda acelerada da biodiversidade, a destruição de habitats naturais, a poluição e dano de ecossistemas e o dano, degradação e a erosão ambiental geral, sem falar na opressão em larga escala sofrida por muitos dos habitantes do mundo, são todos sinais manifestos de corrupção e vilania na terra.

“Se ao menos houvesse, entre as gerações que vos precederam, alguns sensatos que proibissem a corrupção na terra, como o fizeram uns poucos do que havíamos salvado! Mas os iníquos se entregaram às suas concupiscências e foram pecadores.” (Alcorão 11:116)

Se o homem falha em seu dever e responsabilidade em relação a Deus, que é maior que ele, como se pode esperar que seja zeloso e responsável com o que considera inferior a ele próprio?  Se existe ingratidão com o Criador, como o homem pode mostrar gratidão em relação ao seu semelhante - quanto mais aos animais da terra?  Se um homem pouco se importa com a balança dos seus bons atos perante Seu Senhor, por que esperar que se importe com a balança do mundo ao seu redor?

“E por ter acreditado que jamais compareceria (ante Nós)!  Pois sim!  Em verdade, seu Senhor o via.” (Alcorão 84:14-15)

Assim, deixe que toda a humanidade preste atenção!  Porque com certeza é verdade que colhemos o que plantamos.  Tudo que fazemos na vida nos revisitará depois de nossa morte; nós, os seres humanos que tivemos toda a terra e suas criaturas subjugadas para uma causa justa.  Apenas esse fato deve nos fazer responsáveis em nossa preparação para aquele dia fatídico, o Dia do Juízo.

“Quando a terra executar o seu tremor predestinado e descarregar os seus fardos, O homem dirá: Que ocorre com ela? - Nesse dia, ela declarará as suas notícias.” (Alcorão 99:1-4)

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