As Profecias do Alcorão

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Descrição: O cumprimento das várias profecias no Alcorão é uma prova clara de que ele vem de uma fonte divina.

  • Por IslamReligion.com
  • Publicado em 19 Jan 2009
  • Última modificação em 25 Jun 2012
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The_Prophecies_of_the_Quran_001.jpgO Alcorão contém muitas profecias que foram cumpridas, mas nessa discussão, nos limitaremos a apenas cinco.[1]  As duas primeiras profecias são dignas de nota: ao contrário de qualquer outra escritura no mundo, o Alcorão profetiza sua própria preservação sob cuidado divino, e nós demonstraremos como isso de fato ocorreu.

A Proteção do Alcorão Contra Corrupção

O Alcorão faz uma reivindicação que nenhum outro texto religioso faz, de que o próprio Deus manterá seu texto protegido de alteração. Deus diz:

“Nós revelamos a Mensagem e somos o Seu Preservador.” (Alcorão 15:9)

A Facilidade de Memorizar o Alcorão

Deus fez o Alcorão fácil de memorizar:

“Em verdade, fizemos o Alcorão fácil de lembrar. Haverá, porventura, alguém disposto a memorizá-lo?” (Alcorão 54:17)

A facilidade com a qual o Alcorão é memorizado é inimitável.  Não existe uma única escritura ou texto religioso no mundo que seja tão fácil de memorizar; mesmo os não-árabes e crianças o memorizam facilmente.  O Alcorão inteiro é memorizado por quase todos os sábios islâmicos e centenas de milhares de muçulmanos comuns, geração após geração.  Quase todo muçulmano sabe uma porção do Alcorão de cor para recitar em suas orações.

A Profecia Dupla

Antes do surgimento do Islã, os romanos e os persas eram dois superpoderes que competiam entre si.  Os romanos eram liderados por Heráclio (620-641 EC), um imperador cristão, enquanto os persas eram zoroastrinos liderados por Khosru Parviz (reinou de 590-628 EC), sob quem o império alcançou sua maior expansão.

Em 614 os persas conquistaram a Síria e a Palestina, tomando Jerusalém, destruíram o Santo Sepulcro e transportaram a ‘Vera Cruz’ para Ctesifonte.  Então, em 619, ocuparam Egito e Líbia.  Heráclio encontrou-os em Heracléia (617 ou 619) mas eles tentaram capturá-lo e ele cavalgou loucamente de volta à Constantinopla, perseguido de perto.[2]

Os muçulmanos ficaram tristes pela derrota romana já que se sentiam espiritualmente mais próximas da Roma cristã do que da Pérsia zoroastrina, mas os habitantes de Meca ficaram naturalmente muito felizes com a vitória da Pérsia pagã.  Para os habitantes de Meca, a humilhação de Meca era um presságio sinistro da derrota dos muçulmanos em mãos pagãs.  Naquele momento a profecia de Deus confortou os crentes:

“Os romanos foram derrotados em terra muito próxima; porém, depois de sua derrota, vencerão – dentro de dez anos.  Com Deus está a decisão do passado e do futuro. E, nesse dia, os crentes se regozijarão com o socorro de Deus.  Ele socorre quem Lhe apraz e Ele é o Poderoso, o Misericordiosíssimo.” (Alcorão 30:2-4)

O Alcorão fez uma profecia de duas vitórias:

(i)   A futura vitória romana dentro de dez anos sobre os persas, algo inimaginável naquele momento

(ii)  A alegria dos crentes sobre uma vitória sobre os pagãos

Ambas as profecias de fato ocorreram.

Em 622 Heráclio deixou Constantinopla enquanto orações se elevavam de seus muitos santuários pela vitória sobre os zoroastrinos persas e pela reconquista de Jerusalém.   Ele devotou os próximos dois anos a campanhas na Armênia.  Em 627, ele encontrou os persas perto de Nínive.  Lá, ele matou três generais persas em um único combate, matou o comandante persa e dispersou o exército persa.  Um mês depois, Heráclio entrou em Dastagird com seu estupendo tesouro.  Khosru foi deposto por seu filho, que selou a paz com Heráclio.  Retornando à Constantinopla em triunfo, Heráclio foi saudado como um herói.[3]

E no mesmo ano de 624 da Hégira, os muçulmanos derrotaram os mecanos na primeira e decisiva Batalha de Badr.

Nas palavras de um sábio indiano:

“...uma única linha de profecia foi relacionada a quatro nações e ao destino de dois grandes impérios.  Tudo isso prova que o Alcorão Sagrado é o Livro de Deus.”[4]

A Profecia da Derrota Pagã

O Alcorão previu a derrota dos descrentes em Meca enquanto o Profeta Muhammad e seus seguidores ainda eram perseguidos por eles:

“Ou eles (os descrentes de Meca) dizem: ‘Somos uma multidão e seremos vitoriosos?’  Sua multidão será derrotada e eles sairão em debandada!” (Alcorão 54:45)

A profecia foi revelada em Meca, mas foi cumprida na Batalha de Badr, dois anos depois da imigração do Profeta para a cidade de Medina.

O Destino de Indivíduos Específicos

Walid bin Mughira era um forte inimigo que ridicularizava abertamente o Alcorão:

“E disse: ‘Este (Alcorão) não é mais do que magia, oriunda do passado; não é mais do que a palavra de um mortal!’” (Alcorão 74:24-25)

O Alcorão profetizou que ele nunca aceitaria o Islã:

“Em breve introduzi-lo-ei no Inferno! E o que te fará entender o que é o Inferno?  Nada deixa perdurar e nada deixa a sós.” (Alcorão 74:26-28)

Walid morreu em estado de descrença, como profetizado pelo Alcorão.

Também, em relação a Abu Lahab, um veemente oponente do Islã, o Alcorão previu que ele morreria se opondo à religião de Deus:

“Que pereça o poder de Abu Lahab e que ele pereça também! De nada lhe valerão os seus bens, nem tudo quanto lucrou. Entrará no fogo flamígero.” (Alcorão 111:1-3)

Especificamente, três profecias foram feitas sobre Abu Lahab:

(i)   As conspirações de Abu Lahab contra o Profeta não seriam bem-sucedidas.

(ii)  Sua fortuna e filhos não o beneficiariam.

(iii) Ele morreria se opondo à religião de Deus e entraria no Fogo.

Abu Lahab também morreu em estado de descrença, como profetizado pelo Alcorão.  Se Walid ou Abu Lahab tivessem aceitado o Islã mesmo que apenas externamente, eles teriam desacreditado suas profecias e conseqüentemente sua fonte celestial!

Além disso, Abu Lahab tinha quatro filhos, dois dos quais morreram jovens durante a sua vida.  Os outros dois filhos e uma filha abraçaram o Islã e frustraram suas esperanças!  Finalmente, ele morreu de uma praga; as pessoas não tocavam seu corpo por medo de contaminação e jogaram lama e pedra sobre ele no lugar onde morreu, para fazerem seu túmulo.

Uma premissa básica para acreditar que uma escritura é de fato uma revelação de Deus é sua verdade interna, seja em relação a ocorrências no passado, que estão por vir, ou em épocas contemporâneas.  Como se pode ver, existem muitas profecias mencionadas nas quais isso pode ocorrer, algumas das quais foram cumpridas durante a vida do Profeta, ou foram cumpridas desde a sua morte, enquanto outras ainda estão por se cumprir.



Footnotes:

[1] Para mais profecias corânicas, por favor, veja ‘Mercy For the Worlds,’ (Misericórdia para os Mundos, em tradução livre) de Qazi Suliman Mansoorpuri, vol.3, p. 248 – 313.

[2] “Heraclius (Heráclio).”  Enciclopédia Britânica de Encyclopædia Britannica Premium Service.

(http://www.britannica.com/eb/article?tocId=9040092)

[3] “Heraclius (Heráclio).”  Enciclopédia Britânica de Encyclopædia Britannica Premium Service.

(http://www.britannica.com/eb/article?tocId=9040092)

[4]‘Mercy For the Worlds,’ (Misericórdia para os Mundos, em tradução livre) de Qazi Suliman Mansoorpuri, vol.3, p. 312.

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