Proteção Ambiental no Islã (parte 5 de 7): A Conservação de Elementos Naturais Básicos – Plantas e Animais (1)
Descrição: A visão islâmica do papel de plantas e animais no meio ambiente e conservação desse elemento vital é fundamental à preservação e continuação da vida (parte 1).
- Por Dr. A. Bagader, Dr. A. El-Sabbagh, Dr. M. Al-Glayand e Dr. M. Samarrai (editado por IslamReligion. c
- Publicado em 09 May 2011
- Última modificação em 09 May 2011
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4. Plantas e Animais
Não há como negar a importância de plantas e animais como recursos vivos de benefícios enormes, sem os quais nem o homem nem outras espécies poderiam sobreviver. Deus não fez nenhuma de Suas criaturas sem valor: cada forma de vida é o produto de um desenvolvimento especial e intrincado por Deus e cada uma requer respeito especial. Como um recurso genético vivo, cada espécie e variedade é única e insubstituível. Uma vez perdido, está perdido para sempre.
Em virtude de sua função única de produção de alimento a partir da energia solar, as plantas constituem a fonte básica de sustento para animal e vida humana sobre a terra. Deus disse:
“Que o homem repare, pois, em seu alimento. Em verdade, derramamos a água em abundância, depois, abrimos a terra em fendas e fazemos nascer o grão, a videira e as plantas (nutritivas), a oliveira e a tamareira e jardins frondosos e o fruto e a forragem, para o vosso uso e do vosso gado.” (Alcorão 80:24-32)
Além de sua importância como alimento, as plantas enriquecem o solo e o protegem de erosão pelo vento e água. Conservam a água detendo seu escoamento; moderam o clima e produzem o oxigênio que respiramos. Também são de valor imenso como medicamentos, óleos, perfumes, ceras, fibras, madeira e combustível. Deus disse no glorioso Alcorão:
“Haveis reparado, acaso, no fogo que ateais? Fostes vós que criastes a árvore, ou fomos Nós o Criador? Nós fizemos disso um portento e conforto para os nômades.” (Alcorão 56:71-73)
Os animais por sua vez fornecem sustento para plantas, uns aos outros e para o homem. Seu estrume e seus corpos enriquecem o solo e os mares. Contribuem para a atmosfera através da respiração e através de seus movimentos e migrações contribuem para a distribuição de plantas. Fornecem alimento uns aos outros e provêem a humanidade com couro, pelo e lã, medicamentos, perfumes, meios de transporte e também carne, leite e mel. E por seus sentidos e percepções altamente desenvolvidos e interrelações sociais, os animais recebem consideração especial no Islã. Porque Deus os considera sociedades vivas exatamente como a humanidade. Deus declarou no glorioso Alcorão:
“Não existem seres alguns que andem sobre a terra, nem aves que voem, que não constituam nações semelhantes a vós.” (Alcorão 6:38)
O glorioso Alcorão menciona as funções estéticas dessas criaturas como objetos de beleza além de suas outras funções. Uma vez que paz de espírito é uma exigência religiosa que precisa ser plenamente satisfeita, as coisas que a promovem devem ser amplamente providas e conservadas. Deus fez plantas e animais que causam admiração e alegria na alma do homem para satisfazer sua paz de espírito, um fator que é essencial para que o homem funcione adequadamente e com pleno desempenho.
O glorioso Alcorão também menciona outras funções que essas criaturas desempenham em que o homem pode não perceber, as funções de adoração a Deus, declarando Seus louvores e se prostrando para Ele como são impelidos a fazer por sua natureza. Deus disse:
“Não reparas, acaso, em que tudo quanto há nos céus e tudo quanto há na terra se prostra ante Deus? O sol, a lua, as estrelas, as montanhas, as árvores, os animais e muitos humanos?” (Alcorão 22:18)
“Os setes céus, a terra, e tudo quanto neles existe glorificam-No. Nada existe que não glorifique os Seus louvores! Porém, não compreendeis as suas glorificações.” (Alcorão 17:44)
“A Deus se prostram aqueles que estão nos céus e na terra, de bom ou mau grado...” (Alcorão 13:15)
O Islã enfatiza todas as medidas para a sobrevivência e perpetuação dessas criaturas para que possam realizar plenamente as funções atribuídas a elas. A destruição absoluta de quaisquer espécies de animais ou plantas pelo homem não pode ser justificada e nem devem ser colhidas em um ritmo que ultrapasse sua regeneração natural. Isso se aplica à caça e pesca, áreas florestais e cortes de madeira para construção e combustível, pastoreação e todas as outras utilizações de recursos. É imperativo que a diversidade genética dos seres vivos seja preservada – tanto para seu próprio bem quanto para o bem da humanidade e todas as outras criaturas.
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