A História de Abraão (parte 2 de 7): Chamado para Seu Povo

Classificação:
Tamanho da fonte:
A- A A+

Descrição: Abraão convida seu pai Azar (Terá ou Terakh na Bíblia) e nação à Verdade revelada a ele por seu Senhor.

  • Por IslamReligion.com
  • Publicado em 16 Nov 2009
  • Última modificação em 28 Jan 2022
  • Impresso: 668
  • 'Visualizado: 148,485 (média diária: 27)
  • Classificação: 3.4 de 5
  • Classificado por: 130
  • Enviado por email: 1
  • Comentado em: 0
Pobre Melhor

Abraão e Seu Pai

Como aqueles ao seu redor, o pai de Abraão, Azar (Terá ou Terakh na Bíblia), era um idólatra.  A tradição[1] bíblica fala dele como sendo um escultor de ídolos[2] e por essa razão o primeiro chamado de Abraão foi direcionado para ele.  Dirigiu-se a ele com lógica clara e bom senso, do ponto de vista de um homem jovem e sábio.

“E menciona, no Livro, (a história de) Abraão; ele foi um homem de verdade, e um profeta. Ele disse ao seu pai: Ó meu pai, por que adoras quem não ouve, nem vê, ou que em nada pode valer-te? Ó meu pai, tenho recebido algo da ciência, que tu não recebeste. Segue-me, pois, que eu te conduzirei pela senda reta!” (Alcorão 19:41-43)

A resposta de seu pai foi rejeição, uma resposta óbvia vinda de qualquer pessoa desafiada por outra muito mais jovem que ela, um desafio contra anos de tradição e normas.

“Disse-lhe (o pai): Ó Abraão, porventura detestas as minhas divindades? Se não desistires, apedrejar-te-ei. Afasta-te de mim!” (Alcorão 19:46)

Abraão e Seu Povo

Depois de incessantes tentativas de chamar seu pai para deixar de adorar falsos ídolos, Abraão se voltou para seu povo buscando adverti-lo, dirigindo-se a eles com a mesma lógica simples.

“E recita-lhes (ó Mensageiro) a história de Abraão. Quando perguntou ao seu pai e ao seu povo: O que adorais? Responderam-lhe: Adoramos os ídolos, aos quais estamos consagrados. Tornou a perguntar: Acaso vos ouvem quando os invocais? Ou, por outra, podem beneficiar-vos ou prejudicar-vos? Responderam-lhe: Não; porém, assim encontramos a fazer os nossos pais. Disse-lhes: Porém, reparais, acaso, no que adorais, vós e vossos antepassados? São inimigos para mim, coisa que não acontece com o Senhor do Universo, Que me criou e me ilumina. Que me dá de comer e beber. Que, se eu adoecer, me curará. Que me dará a morte e então me ressuscitará.”(Alcorão 26:69-81)

Ao prosseguir com seu chamado de que a única divindade merecedora de adoração era Deus, o Todo-Poderoso, apresentou outro exemplo para que seu povo ponderasse.  A tradição judaico-cristã conta uma história semelhante, mas a retrata no contexto do próprio Abraão se dando conta da existência de Deus através da adoração desses seres[3], e não de usá-la como exemplo para seu povo.  No Alcorão não é dito que nenhum dos profetas associou outros a Deus, mesmo quando não estavam informados do caminho correto antes de iniciarem sua missão profética.  O Alcorão fala de Abraão:

“E quando viu despontar o sol, exclamou: Eis aqui meu Senhor! Este é maior! Porém, quando este se pôs, disse: Ó povo meu, não faço parte da vossa idolatria!” (Alcorão 6:76)

Abraão apresentou-lhes o exemplo das estrelas, uma criação incompreensível para os humanos da época, vista como algo maior que a humanidade, e as quais muitas vezes se atribuíam poderes.  Mas quando as estrelas se puseram Abraão viu sua inabilidade de aparecerem quando desejassem, e só poderem ser vistas à noite.

Então apresentou o exemplo de algo maior, um corpo celeste mais belo, de maiores dimensões e que podia aparecer durante o dia também!

“Quando viu desapontar a lua, disse: Eis aqui meu Senhor! Porém, quando esta desapareceu, disse: Se meu Senhor não me iluminar, contar-me-ei entre os extraviados.” (Alcorão 6:77)

Então, como exemplo culminante, apresentou um exemplo de algo ainda maior, uma das criações mais poderosas, sem a qual a própria vida seria uma impossibilidade.

“E quando viu despontar o sol, exclamou: Eis aqui meu Senhor! Este é maior! Porém, quando este se pôs, disse: Ó povo meu, não faço parte da vossa idolatria!” (Alcorão 6:78-79)

Abraão lhes provou que o Senhor dos mundos não seria encontrado nas criações que seus ídolos representavam, mas que Ele era a entidade que os havia criado e a tudo que pudessem ver e perceber; que o Senhor não necessariamente precisava ser visto para ser adorado.  Ele é um Senhor que não está restrito às limitações que as criações encontradas nesse mundo estão.  Sua mensagem era simples:

“E recorda-te de Abraão, quando disse ao seu povo: Adorai a Deus e temei-O! isso será melhor para vós, se o compreendeis! Qual, somente adorais ídolos, em vez de Deus, e inventai calúnias! Em verdade, os que adorais, em vez de Deus, não podem proporcionar-vos sustento. Procurai, pois, o sustento junto a Deus, adorai-O e agradecei-Lhe, porque a Ele retornareis.”(Alcorão 29:16-17)

Ele questionou abertamente sua aderência a meras tradições de seus antepassados:

“Ele disse: Verdadeiramente, vós e vossos antepassados estão em erro evidente.”

O caminho de Abraão seria cheio de dor, dificuldades, testes, oposições e dores de cabeça.  Seu pai e seu povo rejeitaram sua mensagem.  Seu chamado não os afetou; não queriam argumentar.  Ao invés disso, ele foi desafiado e ironizado:

“Disseram: Traga-nos a verdade, ou és um gracejador?”

Nesse estágio de sua vida, Abraão, um homem jovem com um futuro promissor, se opôs à sua própria família e nação para propagar uma mensagem de verdadeiro monoteísmo, crença no Único e Verdadeiro Deus, e rejeição a todas as falsas deidades, fossem estrelas ou outras criações celestiais ou terrenas, ou retratações de deuses na forma de ídolos.  Foi rejeitado, banido e punido por sua crença, mas se manteve firme contra todo o mal, pronto para enfrentar ainda mais no futuro.

“E quando o seu Senhor pôs à prova Abraão, com certos mandamentos,...” (Alcorão 2:124)



Footnotes:

[1] Gên r. xxxviii, Tanna debe Eliyahu. Ii. 25.

[2] Abraham (Abraão). Charles J. Mendelsohn, Kaufmann Kohler, Richard Gottheil, Crawford Howell Toy.  The Jewish Encyclopedia (Enciclopédia Judaica).  (http://www.jewishencyclopedia.com/view.jsp?artid=360&letter=A#881)

[3] The Talmud: Selections (Talmude: Seleções, em tradução livre), H. Polano. (http://www.sacred-texts.com/jud/pol/index.htm).

Pobre Melhor

Partes deste Artigo

Visualizar todas as partes juntas

Adicione um comentário

  • (Não é mostrado ao público)

  • Seu comentário será analisado e publicado dentro de 24 horas.

    Campos marcados com um asterisco (*) são obrigatórios.

Outros Artigos na Mesma Categoria

Mais visualizados

Diariamente
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Total
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Favorito del editor

(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Listar conteúdo

Desde sua última visita
Esta lista no momento está vazia.
Todos por data
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Mais populares

Melhores classificados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais enviados por email
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais impressos
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais comentados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Seus Favoritos

Sua lista de favoritos está vazia. Você pode adicionar artigos a esta lista usando as ferramentas do artigo.

Sua História

Sua história está vazia.

Minimize chat