Direitos Humanos no Islã (parte 1 de 3): Direitos para toda a Humanidade

Classificação:
Tamanho da fonte:
A- A A+

Descrição: Poder e política em direitos humanos.

  • Por Aisha Stacey (© 2012 IslamReligion.com)
  • Publicado em 21 May 2012
  • Última modificação em 24 Mar 2019
  • Impresso: 176
  • 'Visualizado: 20,466 (média diária: 4)
  • Classificação: nenhum ainda
  • Classificado por: 0
  • Enviado por email: 1
  • Comentado em: 0
Pobre Melhor

Human_Rights_in_Islam_(part_1_of_3)_PT-BR_001.jpgO que exatamente são os direitos humanos?  É apenas o direito à vida?  Alternativamente, é o direito à liberdade e justiça?  Os direitos humanos incluem ter o direito à segurança e um local seguro?  Desde o fim da 2ª Guerra Mundial, a política internacional ocidental tem focado em assegurar direitos humanos; entretanto, a realidade é que a linha entre assegurar tais direitos e manter a soberania do estado se tornou indefinida.  O poder crescente e a política envolvida na defesa dos direitos humanos tendem a favorecer os ideais ocidentais, mas esses não são necessariamente ideais universais.  Muitos alegariam que a doutrina dos direitos humanos tornou-se um acessório para propagar o imperialismo moral ocidental.

Embora ninguém negue que existam certos direitos humanos inalienáveis, a definição de quais são esses direitos leva a um violento debate.  Embora algumas culturas foquem nos direitos e liberdades individuais, outras estão mais preocupadas com direitos que asseguram a sobrevivência de comunidades.  O mundo é habitado por diversas nações e tribos e faz sentido que leis e declarações feitas por seres humanos não sejam universalmente aceitas, independente do quanto elas são moralmente honradas.

Deus diz no Alcorão:

“Ó humanos! Nós vos criamos de um homem e de uma mulher, e vos fizemos como nações e tribos, de modo que vos conheçais uns aos outros.” (Alcorão 49:13)

A partir disso, vemos que a interação entre nações é normal e desejável.  Entretanto, é parte da natureza da humanidade ser ciumenta e, às vezes, egoísta.  O Islã leva em consideração esses caprichos da natureza humana e, portanto, volta-se para o Criador supremo para orientação.  Direitos humanos e responsabilidades são valiosos no Islã; são a base para a Charia (legislação jurisprudencial).

Não há dúvida que em todo o mundo abusos aos direitos humanos estão sendo perpetrados, geralmente em nome de religião e, infelizmente, às vezes em nome do Islã.  Entretanto, é importante reconhecer que só porque um país é conhecido como islâmico, não significa que automaticamente segue as leis enviadas por Deus.  Também é importante perceber que nem todos os muçulmanos entendem e seguem sua religião.  A cultura com frequência determina a ação.  Claro, o mesmo pode ser dito de todas as religiões.  Através da história, a humanidade tem usado o nome de Deus para justificar atos indescritíveis.

O planeta terra entrou no século 21 envolvido em guerras, fomes grande agitação social e, portanto, as frases que atuam como chamarizes hoje apresentam o suposto remédio: liberdade, democracia e reconciliação.  Os direitos humanos têm, compreensivelmente, tornado-se soberanos.  Governos, organizações não-governamentais e grupos religiosos e de caridade têm todos falado sobre igualdade e direitos inalienáveis.  A ONU foi formada para atuar como um farol de esperança para iniciativas conjuntas de entendimento, mas na atualidade é um tigre sem dentes, incapaz de chegar a um acordo na maioria das resoluções e de impor as resoluções que aprova.

Mais de 1.400 anos atrás, Deus enviou o Alcorão, um livro de orientação para toda a humanidade.  Também escolheu Muhammad como o profeta final; era o ser humano capaz de liderar a humanidade em uma nova era de tolerância, respeito e justiça.  As palavras do Alcorão e as tradições autênticas do profeta Muhammad contêm direitos e responsabilidades concedidas por Deus à humanidade.  Não estão sujeitos aos caprichos e desejos de homens ou mulheres e não mudam como fronteiras ou governos mudam e se estabelecem, algumas vezes de forma abrupta.

A ONU proclamou a Declaração dos Direitos Humanos em 1948. Estabeleceu, em 30 artigos, os direitos fundamentais a serem universalmente protegidos e descritos como, destinados a promoverem “respeito universal e observância dos direitos humanos e liberdades fundamentais [1]”.  O Escritório do Alto Comissariado para Direitos Humanos da ONU descreve esses direitos como inerentes a todos os seres humanos, independente de sexo, raça, credo ou cor e os declarou indivisíveis, interdependentes e interrelacionados.  Nos 60 anos seguintes outras declarações, tratados e comitês passaram a existir, todos focando seus esforços em assegurar os direitos de vários grupos dentro de sociedades variadas. 

Os princípios do Islã incluem um conjunto básico de regras designadas para protegerem direitos e liberdades individuais. Entretanto, os direitos de indivíduos não podem infringir os direitos de comunidades.  O Islã é uma doutrina que se preocupa com respeito, tolerância, justiça e igualdade e os conceitos islâmicos de liberdade e direitos humanos estão imbuídos na fé no Deus Único.  Se for para a humanidade viver em paz e segurança, deve obedecer aos mandamentos de Deus.

Os muçulmanos acreditam que Deus é o único Criador e Sustentador da humanidade e do universo.  Deu a cada ser humano dignidade e honra e os direitos humanos e privilégios que desfrutamos são concedidos por Ele.  Os direitos concedidos por Deus são designados para todos.  Uma pessoa não é mais merecedora de proteção do que outra.  Cada pessoa tem direito a sustento, abrigo e segurança e se algumas pessoas têm seus direitos concedidos por Deus negados, é responsabilidade do restante da humanidade restaurar esses direitos.

“Ó crentes, sede perseverantes na causa de Deus e prestai testemunho, a bem da justiça; que o ódio aos demais não vos impulsione a serdes injustos para com eles. Sede justos, porque isso está mais próximo da piedade, e temei a Deus, porque Ele está bem inteirado de tudo quanto fazeis.” (Alcorão 5:8)

Narrativas de poder e autoridade entricheiraram-se na defesa dos direitos humanos.  A legislação e tratados que não são exequíveis não podem proteger os oprimidos.  Entretanto, o Islã proclama que Deus trata todos os seres humanos igualmente e direitos humanos verdadeiros só podem ser alcançados pela obediência a Ele.  Na série de artigos a seguir examinaremos os 30 artigos da Declaração de Direitos Humanos e os compararemos com o ponto de vista islâmico e a realidade da vida no século 21.



Footnotes:

[1] (http://www.un.org/en/documents/udhr/)

Pobre Melhor

Partes deste Artigo

Visualizar todas as partes juntas

Adicione um comentário

  • (Não é mostrado ao público)

  • Seu comentário será analisado e publicado dentro de 24 horas.

    Campos marcados com um asterisco (*) são obrigatórios.

Outros Artigos na Mesma Categoria

Mais visualizados

Diariamente
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Total
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Favorito del editor

(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Listar conteúdo

Desde sua última visita
Esta lista no momento está vazia.
Todos por data
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Mais populares

Melhores classificados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais enviados por email
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais impressos
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais comentados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Seus Favoritos

Sua lista de favoritos está vazia. Você pode adicionar artigos a esta lista usando as ferramentas do artigo.

Sua História

Sua história está vazia.

Minimize chat