Instinto, Ciência e Religião (parte 2 de 2): Visão Islâmica
Descrição: Os instintos, como o autossacrifício, são cientificamente inexplicáveis e são suficientes para “derrubar” a teoria da seleção natural, como o próprio Darwin afirmou. Parte 2: O que o Alcorão tem a dizer sobre instinto.
- Por A.O.
- Publicado em 06 Jun 2011
- Última modificação em 06 Jun 2011
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O cuidado fornecido pelo crocodilo, um animal particularmente selvagem, para sua cria também é muito surpreendente. Primeiro o crocodilo cava um buraco para a incubação de seus ovos. A temperatura do buraco não deve nunca ficar acima de 30ºC. Uma ligeira elevação na temperatura ameaçaria as vidas dos filhotes nos ovos. O crocodilo cuida para que os buracos nos quais coloca seus ovos sejam localizados em lugares com sombra e faz esforços extraordinários para manter os ovos em temperatura constante. Algumas espécies de crocodilo constroem ninhos de plantas marinhas na água fria. Se a temperatura do ninho continuar a subir apesar dessas medidas, então o crocodilo esfria o ninho borrifando uréia nele.
O momento em que os ovos chocam é o mais importante porque, se o crocodilo não ouvir os ruídos vindos do ninho, os filhotes sufocarão. A mãe crocodilo retira os ovos e ajuda a ninhada a sair usando seus dentes como pinças. A crocodilo, com seus dentes afiados como navalha, evita qualquer movimento que possa ferir seus filhotes. O local mais seguro para os recém-nascidos é a bolsa protetora na boca de sua mãe, que é especialmente projetada para abrigar meia dúzia de crocodilos recém-nascidos.
O cuidado e preocupação meticulosos que um animal selvagem como o crocodilo demonstra com sua cria é apenas um dos exemplos que provam a nulidade da alegação evolucionista da luta pela vida, que afirma que o forte sobrevive enquanto os outros são derrotados e desaparecem.
O golfinho é outro animal conhecido por seu comportamento de autossacrifício. Os golfinhos criam seus filhotes com grande cuidado desde o momento em que nascem. Assim que o golfinho nasce, tem que subir à superfície da água por causa do oxigênio. Para prover isso, a mãe golfinho mostra comportamento surpreendentemente consciente e usando a ponta do seu focinho, gentilmente empurra a cria acima da superfície da água.
Logo antes do parto, os movimentos da mãe golfinho diminuem consideravelmente. Por essa razão, duas outras fêmeas sempre acompanham a mãe golfinho durante o parto. Permanecendo sempre de cada lado da mãe, as golfinhos assistentes assumem a responsabilidade de protegê-la de possíveis ataques por tubarões que podem ser atraídos pelo cheiro de sangue.
Como pode esse instinto, definido pelos evolucionistas como “um ímpeto observado nos animais, mas não entendido completamente”, guiar animais para se tornarem engenheiros civis ao construírem seus ninhos, soldados perfeitos ao protegerem seus filhotes ou colônias e até transformar espécies agressivas em criaturas gentis e compassivas com seus filhotes?
De fato, Darwin também teve dificuldades em responder a essa pergunta, que ele próprio apresentou. Com frequência também deixava perguntas relacionadas sem resposta. Em seu livro A Origem das Espécies, ele faz as seguintes perguntas:
Terceiro, podem os instintos serem adquiridos e modificados através de seleção natural? O que devemos dizer sobre um instinto tão maravilhoso que leva a abelha a fazer alvéolos, que praticamente anteciparam as descobertas de matemáticos profundos? (Charles Darwin, A Origem das Espécies, p.205)
Como visto, as dúvidas de Darwin sobre “seleção natural” são muito precisas. Embora o próprio Darwin confessasse que a seleção natural não é uma explicação razoável, a maioria dos evolucionistas insiste em aderir a essa falácia.
Ainda assim, todo ser humano que observa a natureza com consciência vê que os seres vivos não são brutais, duros ou sem compaixão por causa da chamada luta pela vida. Ao contrário, os seres vivos se autossacrificam por causa da “inspiração” que seu Criador lhes concedeu.
Como expresso no versículo 68 do capítulo 16, que diz:
“Teu Senhor revelou às abelhas…”
“Deus” o Senhor dos céus e da terra e de tudo que está entre eles, o Infinitamente Misericordioso e Perdoador, tem controle sobre todas as criaturas vivas. Seus instintos, que Darwin foi incapaz de explicar dentro do escopo da evolução, são de fato a inspiração dada por Deus a todos os seres vivos.
Toda a vida na natureza é criada por Deus. Todos os seres vivos vêm à existência pela Vontade de Deus e se comportam de acordo com Sua inspiração. O comportamento de autossacrifício, gentileza e cuidado que as criaturas vivas demonstram por suas crias são meramente o reflexo do nome de Deus, o “Compassivo”. Isso é revelado no versículo 7 do capítulo 16:
“Teu Senhor é Gentil, Misericordiosíssimo.”
O próprio Profeta instruiu:
“De fato, Deus determinou uma parte de Sua Misericórdia para o mundo e com ela a mãe cuida de seus filhos e os animais selvagens e pássaros cuidam uns dos outros.” (Saheeh Muslim)
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