Jonathan Abdilla, ex-cristão, Canadá

Classificação:
Tamanho da fonte:
A- A A+

Descrição: Como Deus respondeu quando foi invocado para ajudá-lo.

  • Por Jonathan Abdilla
  • Publicado em 25 Nov 2013
  • Última modificação em 25 Nov 2013
  • Impresso: 23
  • 'Visualizado: 4,862 (média diária: 1)
  • Classificação: 3.4 de 5
  • Classificado por: 130
  • Enviado por email: 0
  • Comentado em: 0
Pobre Melhor

Sinto-me honrado de ser muçulmano...

E sinto-me assim por muitas razões.  Existem muitas normas na sociedade em que vivo que são opostas ao que significa ser muçulmano.   E quando cheguei a esse modo de vida não sabia que me daria tão bem com ele.  Tornar-me muçulmano era essencialmente fazer parte de uma minoria visível e isso não é algo que comumente estaria disposto a fazer.  Entretanto, depois de aprender os ensinamentos inalterados do Islã, me vi compelido a abraçar o islã como uma verdade absoluta.

Tendo passado uma grande parte de minha curta vida sem ser muçulmano, conheço a escuridão sobre a qual Deus fala no Alcorão.  Lembro como era quando Allah abriu meus olhos e lançou luz onde antes havia escuridão.  No começo de minha vida não tinha forma definitiva de orientação absoluta. 

Os aspectos mais simples da criação confundiam minha mente. Ignorava completamente os milagres que Deus colocou na natureza.  Uma vez em particular lembro-me de aprender sobre evaporação na aula de ciências.  Era incapaz de compreender.  Não o como, mas o porquê acontecia. 

Entendia a ideia do ciclo da água e sua importância para a vida, mas o que fazia a água essencialmente desaparecer e flutuar de volta ao céu? 

Ao ver essa pergunta, sem conhecer Deus, minha mente ficava bloqueada a um ponto em que não conseguia chegar à resposta.  Confuso, simplesmente dava de ombros e deixava o pensamento de lado.

Ao olhar para o corpo humano e como é em grande parte feito de água ou para o universo, tentando compreender o que havia por trás dele.  Enfrentava uma barricada mental por não ser capaz de compreender a razão para sua criação.

Várias vezes os cientistas conseguiam explicar o como, mas nunca o porquê.  Podiam explicar o propósito dentro dos mecanismos da criação, mas não o propósito dos mecanismos em si.  O que causava a mecânica?  O que fazia a natureza ter leis?

Tendo crescido em uma família cristã não praticante, tinha um entendimento geral dos princípios do Cristianismo.  A razão por que nunca me voltei para ele como orientação era porque não fazia sentido para mim.  Quando ouvia a palavra “Deus’ quando criança, lembro-me de pensar em um ser absoluto, único, onipotente em algum lugar. 

Meu problema com o Cristianismo era o dogma e mais especificamente as crenças sobre Deus.  A questão do Deus “trino” que essencialmente três indivíduos diferentes que todos juntos assumem o papel do Deus “Único”.  Sei que não é como a Doutrina da Trindade é oficialmente divulgada e qualquer cristão entusiasta da Bíblia provavelmente me acusaria de não entender a doutrina, mas essa é a realidade que vejo nela.

Ao lado os problemas inerentes contidos na doutrina da Trindade, costumava olhar para o fato de que cristãos adoram Jesus e dizia: “Se adoram Jesus, onde entra Deus?”   Especialmente se é narrado que Jesus disse na Bíblia que o Pai que está nos céus é maior.

Por essa época eu rejeitava não oficialmente o Cristianismo. Tornei-me um cristão / ateu / agnóstico.  Comecei a viver a vida tentando acomodar o que estava ao meu redor.  Sem saber de um propósito maior, não via problema em fazer parte de atividades destrutivas de qualquer tipo, desde que recebesse algum tipo de satisfação vinda delas.

Tinha pouca ou nenhuma consideração com meu próprio corpo ou o corpo de qualquer outra pessoa.  Comecei a recorrer à fuga comum da realidade, ou seja, drogas e álcool.  Primeiro as usava como uma ferramenta social e, por fim, as usava habitualmente como um sedativo.  Se as pessoas diziam que devia me acalmar, respondia que podia parar se houvesse uma razão, mas eu não tinha uma razão.   E levei minha vida desse jeito por alguns anos, indo fundo, experimentando outros tipos de drogas e a um ponto comecei até a vendê-las. 

Mas no fim comecei a sentir uma consciência dentro de mim procurando por algum tipo de consolo.  Embora estivesse perdido e na escuridão, como nunca tinha visto a luz, não sabia a diferença entre as duas.  Comecei a pensar sobre “o cenário mais amplo.”

Comecei a pensar sobre morte.  Tentei compreender o conceito de inexistência e, como em muitas vezes em minha vida, quando tentava contemplar o propósito, minha mente dava um branco.  Até que uma noite, enquanto estava deitado em minha cama imerso em meus pensamentos, voltei meu rosto para o céu e disse: “Deus, se Você existe, por favor me ajude!” 

Fui dormir aquela noite sem de fato pensar no assunto outra vez.  Então em 11 de setembro o desenrolar dos estranhos eventos.  Estava confuso sobre toda a situação, por que aconteceu, o que exatamente tinha acontecido e como sabiam quem tinha feito quase imediatamente.  Pela primeira vez havia sentido sendo aplicado aos termos estranhos que tinha ouvido, mas que nunca soube nada a respeito, o Islã.

Costumava pensar literalmente que Islã era uma ilha em algum lugar no Oriente Médio (o que, surpreendentemente, ainda é um equívoco comum entre grande parte da população hoje, que acha que o Islã é um país).   Sabia da religião muçulmana, mas olhava para os muçulmanos como se fossem budistas, com rituais estranhos.  Costumava achar que adoravam ídolos.  Mas aquela noite quando sai com meus amigos, o Islã tinha se tornado um tópico de grande interesse. 

Alguns dos meus amigos começaram a criticar o Islã, dizendo que era uma religião estúpida.   Fiquei surpreso que alguns dos meus amigos eram muçulmanos e começaram a defender sua religião.  Curioso sobre o assunto e seu impacto iminente sobre o futuro próximo, comecei a investigar.  E o que encontrei me surpreendeu. Descobri que os muçulmanos adoravam Deus.  Além disso, descobri que os muçulmanos acreditavam em Jesus como sendo muçulmano (alguém que se submete a Deus) e era um profeta e mensageiro de Deus, que o salvou da crucificação. Que não era parcialmente divino ou qualquer parte de Deus e que somente Deus devia ser adorado. 

Esses pedaços de informação me tocaram fundo, porque me lembrei de acreditar em Deus como um ser Único e Absoluto quando era mais jovem e, da mesma forma, lembrei-me de rejeitar o Cristianismo por causa de sua adoração a Jesus.

Assim comecei um inquérito entre o Islã e Cristianismo.  Fiquei interessado no assunto de religião e comecei a ler constantemente.  Consultava minha avó em questões relacionadas ao Cristianismo e consultava meu amigo sobre o Islã.  Levava argumentos de um lado para o outro para ver quais argumentos se sustentavam. 

Por fim, depois de ler o Alcorão e a Bíblia, observar os milagres de Deus na natureza e passar por uma experiência detalhada em busca da alma   disse a mim mesmo sobre o Islã: “Soa tão verdadeiro, mas pode ser real?”  E justo naquele ponto lembrei-me de minha súplica anterior, quando disse: “Deus, se for real e existir, por favor me ajude!”  Estava arrepiado.  Percebi que essa era a resposta, mas ainda não estava certo se queria me tornar muçulmano.  Não sabia se me encaixaria bem com os muçulmanos de um ponto de vista étnico. 

Continuei a ler e estava realmente procurando algo que me conformasse sobre minha decisão.  Então um dia enquanto lia a Bíblia encontrei o versículo 26:39 no evangelho de Mateus.  O versículo diz:

E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai se é possível, afaste de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.”

Para mim esse versículo confirmou três coisas que tinha aprendido de uma visão islâmica de Jesus.  Que ele era muçulmano, orava como um muçulmano ao se prostrar sobre seu rosto na oração.  Que não morreu, porque orou para que o cálice da morte fosse afastado dele.  E que ele não era Deus, porque ele mesmo orou a Deus pedindo ajuda.

Essa era a confirmação que precisava para realmente solidificar minha decisão de abraçar o Islã.   E não podia aceitar a mensagem, sem aceitar o mensageiro.  Então em 28 de dezembro de 2001 pela misericórdia de Allah, fiz a declaração de fé (testemunhar que ninguém tem o direito de ser adorado exceto Allah e que Muhammad é o mensageiro de Allah) e abracei o Islã.  E desde aquela época, pela graça de Allah, tenho alcançado coisas, estado em lugares e feito coisas que nunca imaginei possíveis. 

Depois de sentir o gosto da fé, sei os frutos que dá e oro que Allah me permita fazer mais o bem e a viver o resto de minha vida em Sua senda.  Todos os louvores são para Allah e que a paz e as bênçãos estejam sobre Seu mensageiro, Muhammad.  Amém.

Pobre Melhor

Adicione um comentário

  • (Não é mostrado ao público)

  • Seu comentário será analisado e publicado dentro de 24 horas.

    Campos marcados com um asterisco (*) são obrigatórios.

Outros Artigos na Mesma Categoria

Mais visualizados

Diariamente
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Total
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Favorito del editor

(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Listar conteúdo

Desde sua última visita
Esta lista no momento está vazia.
Todos por data
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Mais populares

Melhores classificados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais enviados por email
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais impressos
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais comentados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Seus Favoritos

Sua lista de favoritos está vazia. Você pode adicionar artigos a esta lista usando as ferramentas do artigo.

Sua História

(Leia mais...) Remover
Minimize chat