Ahmadia (parte 1 de 3): Origem e História

Classificação:
Tamanho da fonte:
A- A A+

Descrição: Um breve olhar em como a Ahmadia difere e contradiz os ensinamentos do Islã. A primeira parte menciona suas origens e como difere do Islã e se divide em dois grupos.

  • Por Abdurrahman Murad (© 2013 IslamReligion.com)
  • Publicado em 22 Apr 2013
  • Última modificação em 22 Apr 2013
  • Impresso: 51
  • 'Visualizado: 14,404 (média diária: 3)
  • Classificação: nenhum ainda
  • Classificado por: 0
  • Enviado por email: 0
  • Comentado em: 0
Pobre Melhor

O Profeta, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, afirmou: “Pedi a Deus três coisas. Ele me deu duas e não me deu uma.  Pedi a Deus para salvar minha nação de ser destruída por calamidades naturais e Ele concedeu isso para mim.  Pedi a Deus para salvar minha nação de ser derrotada nas mãos de um inimigo estrangeiro e Ele concedeu isso para mim.  Pedi a Deus para salvar minha nação de ser destruída por dentro e Ele não concedeu isso para mim.” (Ibn Khuzaimah)

Introdução

“Domínio sobre palma e pinheiro”, assim o Império Britânico era descrito pelos historiadores.  Até o século 17 tinha colonizado muitas partes do mundo, incluindo vastas regiões do mundo muçulmano.

Ahmadiyyah_(part_1_of_3)_por-BR_001.jpgA colonização não era apenas para explorar recursos naturais, mas também para doutrinar os povos conquistados para manter a ideologia e a fé britânicas.  Os missionários trabalhavam fervorosamente em áreas diferentes do Império Britânico para propagar a mensagem do Cristianismo.  Foram estabelecidas escolas e empregadas táticas diferentes para alcançar seus objetivos.

Quando os muçulmanos começaram a perceber o perigo do que estavam enfrentando, se uniram, mobilizaram e lançaram assaltos de “liberdade” para libertar suas terras das garras implacáveis do Império.  O combate corpo a corpo e os confrontos armados não era nada novo para os britânicos, mas à medida que os ataques dos muçulmanos ficaram mais incansáveis e mortais, adotaram uma nova tática, “dividir e conquistar”.  Ao invés de combaterem os muçulmanos frente a frente, incitavam indivíduos entre os muçulmanos a formarem seus próprios grupos e se afastarem do Islã sunita principal.  A guerra ideológica foi lançada contra os muçulmanos, conforme as instruções de Luís IX, o suposto “tenente de Deus na Terra” que fracassou terrivelmente em suas tentativas de Cruzada. 

Um dos grupos que se formou durante aquela época foi o grupo Qadianita, também conhecido como Ahmadis, que passou a existir no ano de 1889.

Passos de Fábula para a Fama

Claro, não é qualquer um que pode chegar e se anunciar como um “profeta” de Deus.  Mirza Ghulam Ahmed compreendia isso e empreendeu sua missão de um passo de cada vez.  Inicialmente alegou ser um renascedor do Islã.  Disse: “Somos muçulmanos.  Acreditamos no Deus Único sem um parceiro e no testemunho de fé.  Acreditamos no Livro de Deus, o Alcorão e em Seu mensageiro, Muhammad.  Acreditamos nos anjos, na ressurreição, no inferno e no paraíso.  Observamos as orações e o jejum prescritos.  Voltamo-nos para a Qibla para as orações e proibimos a nós mesmos o que é proibido por Deus e Seu profeta e nos permitimos o que é permitido.  Não acrescentamos e nem subtraímos nada à Lei Islâmica.  A lei islâmica está acima de mudanças.”

Com alegações como essas e possuindo habilidades poderosas de articulação, foi capaz de conquistar terreno considerável com muitos muçulmanos.  No ano de 1891 alegou ser o “Messias prometido” e o Mahdi.  Finalmente no ano de 1901 anunciou que era o profeta de Deus.

Os 31 sabores do Qadianismo...

Para Mirza conquistar todas as pessoas, incorporou à sua fé elementos de todas as religiões existentes em sua área e, assim, sua doutrina incorporou elementos indianos, sufis, islâmicos e ocidentais.

Mirza Ghulam Ahmed alegou tantas coisas que é difícil organizá-las cronologicamente.

a.     Alegou ser Deus e o Criador dos céus e da terra. Escreveu: “Vi em meus sonhos que SOU ALLAH/Deus e acreditei. Sem dúvida sou Aquele que criou os céus.” [Aaina-e-Kamaalaat]

b.    Alegou ser nove profetas. Disse: “Sou superior a Adão. Sou Noé. Sou Abraão. Sou Ismael. Sou Moisés. Sou Jesus e sou Muhammad.” [Roohaani Khazaaim]

c.     Alegou ser a mãe do profeta Jesus e então alegou ser o próprio profeta Jesus. Disse que o “primeiro Deus” o converteu em Maria.  Depois de dois anos, Deus o fez ficar grávido por dez meses e depois Deus o converteu em Jesus. [Roohaani Khazaain]

d.    Alegou ser Muhammad, o Mensageiro de Deus. “Muhammad é o mensageiro de Deus e aqueles com ele são duros contra os descrentes e misericordiosos entre si.” (Alcorão 48:29) Alegou que nessa revelação divina era chamado de Muhammad e também de mensageiro.  [Roohaani Khazaain, vol. 18, pág. 207]

e.     Alegou ser o Mahdi e o Messias prometido, embora não atendesse a quaisquer das condições estabelecidas pelo profeta Muhammad em relação ao Mahdi e o Messias prometido.

f.     Em uma palestra dada em Sialkot em 1904, declarou que Deus o tinha informado que Krishina, surgido entre os Árias milhares de anos atrás, era de fato um profeta de Deus sobre o qual desceu o Espírito Santo de Deus, mas que depois seus ensinamentos foram corrompidos e ele passou a ser adorado.  Alegou que era o avatar que os hindus esperavam nos últimos dias e que tinha surgido com a aparência de Krishina, investido das mesmas qualidades.[1]

Divisão

O grupo Ahmadia se dividiu em dois grupos individuais.  Isso ocorreu após a morte de Hakim Nur-ud-Din, o primeiro sucessor de Mirza Ghulam Ahmed.  O primeiro grupo é conhecido como “Comunidade Muçulmana Ahmadia” e o segundo, menor, é conhecido como “Movimento Ahmadia de Lahore para a Propagação do Islã.”

As diferenças entre os dois podem ser resumidas em dois pontos.  O primeiro ponto é a crença em relação à missão profética de Mirza Ghulam Ahmed.  O grupo Ahmadia de Lahore considera Mirza Ghulam Ahmed um profeta no sentido metafórico da palavra; já a Comunidade Muçulmana Ahmadia sustenta que Mirza Ghulam Ahmad era um profeta, detendo todas as qualidades necessárias que um profeta deve ter.

A segunda diferença é como veem os muçulmanos sunitas regulares.  O grupo Ahmadia de Lahore acredita que qualquer pessoa que professa o testemunho de fé seja um muçulmano e não pode ser considerado um não muçulmano.[2]

A Comunidade Muçulmana Ahmadia acredita que qualquer muçulmano que não aceita a reivindicação de Mirza Ghulam Ahmad é um não muçulmano, mesmo que a pessoa não tenha ouvido falar no nome de Mirza Ghulam Ahmad em sua vida.[3]



Footnotes:

[1] http://en.wikipedia.org/wiki/The_claims_of_Mirza_Ghulam_Ahmad

[2] http://aaiil.info/misconceptions/muslim/whois.htm

[3] http://www.ahmadiyya.org/qadis/takfir2.htm

Pobre Melhor

Partes deste Artigo

Visualizar todas as partes juntas

Adicione um comentário

  • (Não é mostrado ao público)

  • Seu comentário será analisado e publicado dentro de 24 horas.

    Campos marcados com um asterisco (*) são obrigatórios.

Outros Artigos na Mesma Categoria

Mais visualizados

Diariamente
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Total
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Favorito del editor

(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Listar conteúdo

Desde sua última visita
Esta lista no momento está vazia.
Todos por data
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Mais populares

Melhores classificados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais enviados por email
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais impressos
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais comentados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Seus Favoritos

Sua lista de favoritos está vazia. Você pode adicionar artigos a esta lista usando as ferramentas do artigo.

Sua História

Sua história está vazia.

Minimize chat