Aminah Assilmi, ex-cristã, EUA (parte 4 de 4)

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Descrição: “De fato, Deus me testou, como foi prometido, e me recompensou além do que eu jamais poderia ter esperado.”

  • Por Aminah Assilmi
  • Publicado em 04 Jan 2009
  • Última modificação em 07 Jan 2009
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Em tudo isso a primeira luz foi minha avó.  Ela aprovou a minha escolha e se juntou a mim.  Que surpresa!  Eu sempre soube que ela tinha muita sabedoria, mas isso!  Ela morreu logo depois.  Quando eu paro para pensar sobre isso quase fico com inveja.  No dia em que ela pronunciou sua Shahadah todos os seus erros foram apagados, enquanto seus bons atos foram preservados.  Ela morreu logo depois de aceitar o Islã e eu sabia que o 'LIVRO' dela seria pesado em coisas boas.  Isso me enche de alegria!

À medida que meu conhecimento aumentou e fui capaz de responder perguntas, muitas coisas mudaram.  Mas foram as mudanças em mim como pessoa que tiveram o maior impacto.  Poucos anos depois de eu ter tornado público o meu Islã, minha mãe me chamou e disse que ela não sabia o que era essa 'coisa de Islã', mas esperava que eu continuasse com ele.  Ela gostava do que ele estava fazendo por mim.  Poucos anos depois ela me chamou novamente e perguntou o que uma pessoa tinha que fazer para ser muçulmana.  Eu disse a ela que tudo que uma pessoa tinha que saber era que só existia UM Deus, e que Muhammad era Seu Mensageiro.  Sua resposta foi: “Qualquer tolo sabe disso. Mas o que eu tenho que fazer?” Eu repeti a mesma informação e ela disse: “Bem...OK.  Mas não vamos falar sobre isso ao seu pai ainda.”

Ela não sabia que ele tinha passado pela mesma conversa poucas semanas antes.  Meu verdadeiro pai (aquele que achava que eu devia ser morta) tinha feito o mesmo quase dois meses antes.  Então, minha irmã, a entendida em saúde mental, me disse que eu era a pessoa mais 'liberada' que ela conhecia.  Vindo dela foi o maior elogio que eu podia ter recebido.

Ao invés de tentar contar como cada pessoa aceitou o Islã, deixem-me simplesmente dizer que cada vez mais membros da minha família continuam a encontrar o Islã a cada ano.  Eu fiquei especialmente feliz quando um caro amigo, irmão Qaiser Imam, me disse que meu ex-marido fez a Shahadah.  Quando irmão Qaiser perguntou a ele o porquê, ele disse que era porque ele tinha me observado por 16 anos e queria que sua filha tivesse o que eu tinha.  Ele veio e me pediu para perdoá-lo por tudo que fez.  Eu o havia perdoado muito antes disso.

Agora meu filho mais velho, Whitney, telefonou, enquanto eu estava escrevendo esse livro, e anunciou que também quer se tornar muçulmano.  Ele planeja fazer sua Shahadah na Convenção do ISNA em algumas semanas.  Por enquanto, ele está aprendendo o máximo que pode.  Deus é Misericordiosíssimo.

Ao longo dos anos fiquei conhecida por minhas palestras sobre o Islã, e muitos ouvintes escolheram ser muçulmanos.  Minha paz interior continuou a crescer com meu conhecimento e confiança na Sabedoria de Deus.  Eu sei que Deus não é apenas meu Criador, mas meu amigo mais querido.  Sei que Deus sempre estará comigo e nunca me rejeitará.  Porque cada passo que dou na direção de Deus, Ele dá 10 na minha direção.  Que conhecimento maravilhoso.

De fato, Deus me testou, como foi prometido, e me recompensou além do que eu jamais poderia ter esperado.  Poucos anos atrás os médicos me disseram que eu tinha câncer e era terminal.  Explicaram que não havia cura, que estava muito avançado, e prosseguiram tentando me ajudar a me preparar para minha morte explicando como a doença progrediria.  Eu talvez tivesse mais um ano de vida.  Eu estava preocupada com meus filhos, especialmente meu mais novo.  Quem cuidaria dele?  Ainda assim eu não estava deprimida.  Todos morreremos.  Eu estava confiante de que a dor que estava experimentando continha Bênçãos.

Eu me lembrei de um bom amigo, Karim Al-Misawi, que morreu de câncer quando ainda estava em seus 20 e poucos anos.  Pouco antes de morrer ele me disse que Deus era verdadeiramente Misericordioso.  Esse homem estava em agonia inacreditável e radiante com o amor de Deus.  Ele disse: “Deus pretende que eu entre no paraíso com um livro limpo.” Sua experiência de morte me deu algo para pensar a respeito.  Ele me ensinou o amor e misericórdia de Deus.  Isso era algo que ninguém tinha discutido.  O amor de Deus!

Não demorou muito para eu começar a me conscientizar de Suas bênçãos.  Amigos que me amavam vinham de onde eu não esperava.  Eu recebi o presente de fazer o Hajj.  E o que era mais importante, aprendi o quanto foi importante para mim compartilhar a Verdade do Islã com todos.  Não importa se as pessoas, muçulmanas ou não, concordavam comigo ou até mesmo se gostavam de mim.  A única aprovação que eu precisava era de Deus.  O único amor que eu precisava era de Deus.  Ainda assim descobri mais e mais pessoas que, sem razão aparente, me amavam.  Eu me alegrei porque me lembrei de ter lido que se Deus ama você, Ele faz com que os outros amem você.  Eu não valho todo esse amor.  Isso significa que deve ser outra dádiva de Deus.  Deus é Maior!

Não há meio de explicar completamente como minha vida mudou.  Alhamdulillah (Todos os louvores são para Deus)!  Eu estou muito feliz por ser muçulmana.  O Islã é minha vida.  O Islã é a batida do meu coração.  O Islã é o sangue que corre em minhas veias.  O Islã é minha força.  O Islã é minha vida tão maravilhosa e bela.  Sem o Islã eu não sou nada e se Deus não voltasse para mim Sua face magnificente, eu não sobreviveria.

“Ó Deus! Permita que meu coração tenha luz, e minha visão tenha luz, e minha audição (sentidos) tenha luz, e me deixe ter luz à minha direita e ter luz à minha esquerda, e me deixe ter luz acima de mim e me deixe ter luz abaixo de mim, e que tenha luz à minha frente, luz atrás de mim e me deixe ter luz.” (Sahih Al-Bukhari)

“Ó meu Senhor! Perdoe meus pecados e minha ignorância e ter ultrapassado os limites (limites da virtude) em todos os meus atos e no que Tu sabes melhor do que eu. Ó Deus! Perdoe meus erros, aqueles feitos intencionalmente ou por conta de minha ignorância, com e sem seriedade, e eu confesso que tais erros foram feitos por mim. Ó Deus! Perdoe meus pecados do passado e do futuro que fiz abertamente ou em segredo.  Tu és Quem antecipa e Tu és Quem retarda, e Tu és Onipotente.” (Sahih Al-Bukhari)

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