Tarik Preston, ex-cristão, EUA
Descrição: Um estudante de medicina americano encontra o Islã.
- Por Tarik Preston
- Publicado em 23 Nov 2015
- Última modificação em 23 Nov 2015
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Meu nome é Tarik Preston. Abracei a religião do Islã em 1988 com 19 anos.
A história de como vim a abraçar o Islã não é muito longa e, em muitos aspectos, acho que a história de como Allah (Deus) continuou a me guiar depois de eu ter entrado no Islã é mais inspiradora.
Entretanto, essa história começa com meu nome. Recebi o nome de Tarik no nascimento. Nas décadas de 1960, 1970 e 1980 não era tão incomum que alguns americanos dessem nomes africanos aos seus filhos. Muitas vezes os nomes que escolhiam da África eram de fato nomes islâmicos que foi o que aconteceu com o meu nome.
Ao longo de toda minha vida antes do Islã periodicamente encontrava outras pessoas chamadas Tarik, ou alguém que sabia o significado de meu nome e me perguntava: "Você sabe o que o seu nome significa?" Respondia orgulhosamente como havia sido ensinado: "Significa "estrela de brilho penetrante"".
Às vezes acrescentava a história do famoso Tariq ibn Ziyad que conquistou a Espanha no ano 711 A.D.
Ironicamente, apesar de saber esses fatos importantes sobre o significado do meu nome, não soube o significado islâmico do meu nome até mais tarde, quando era um estudante universitário.
Comecei na universidade com 16 anos me especializando em pré-medicina/biologia com a intenção, naquela época, de me tornar médico. Sabia que se tivesse tamanha responsabilidade, precisaria de uma boa metodologia para seguir em minha vida.
Durante meu ano como calouro tentei ler a Bíblia, mas o Cristianismo tinha começado a não fazer sentido para mim.
Enquanto estudava a complexidade maravilhosa da biologia celular naquele ano, vários de meus colegas de turma e eu reafirmamos nossa crença no Criador, e que a criação não era um acidente como alguns cientistas especulavam.
Durante o recesso da primavera tive uma discussão teológica com minha avó, de quem era muito próximo. E ela, apesar de ser cristã, fez uma afirmação notável a qual prestei muita atenção.
Ela disse: "Adoro Deus e não adoro Jesus, porque sinto que é mais seguro adorar a Deus!" Ela me aconselhou a não orar mais em nome de Jesus e orar apenas para Deus!
Quando retornei à universidade depois daquela conversa continuei a orar todas as noites antes de dormir, como tinham me ensinado. Mas decidi que não oraria mais em nome de Jesus e direcionaria minhas orações somente para Deus.
Assim que tomei essa decisão comecei a me sentir culpado de orar deitado na cama. Então comecei a orar ajoelhado ao lado de minha cama, que me parecia melhor.
Ainda buscando por algo que me guiaria de maneira segura pela vida, um dia pedi a Deus para me guiar enquanto cruzava o campus.
Durante meu primeiro ano na universidade um colega que eu sabia que tinha abraçado o Islã me viu cruzando o campus e me saudou com "as-salamu alaykum" (a paz esteja com você)! Como cresci na década de 1970 em Chicago, tinha ouvido essa saudação muitas vezes e respondi: "Wa alaikum us salaam!"
Ele então perguntou se eu era muçulmano, ao que respondi (naquela época), "Não. Sou metodista." Ele respondeu: "Ó! Pensei que fosse muçulmano porque seu nome é Tarik!".
Não muito tempo depois daquele encontro, ele veio para uma sessão de estudos que eu e alguns colegas de turma estávamos tendo e tentou nos informar sobre o Islã. Ele era muito jovem e muito novo no Islã e não sabia muito. Mas nos alertou sobre os perigos de adorar Jesus, o filho de Maria.
Claro, aquela era uma afirmação familiar, mas eu ainda não sabia muito sobre o Islã. Mas aprendi sobre a aparência dos muçulmanos, porque meu amigo tinha uma aparência e comportamento muito diferentes depois de sua conversão.
Quando voltei para casa naquele verão aceitei um emprego em telemarketing, onde encontrei um muçulmano chamado Ahmed. Apesar de ser um porto-riquenho convertido ao Islã, ele tinha a mesma aparência e comportamento distintos de meu amigo da universidade e, então, perguntei a ele: "Você é muçulmano?"
Ele sorriu e respondeu: "Sim, Tarik. Você é?"
"Não", respondi. Sou metodista."
Ele sorriu e respondeu ironicamente: "Com um nome como Tarik você deve ser um muçulmano."
Ele começou a falar comigo sobre tawheed (a unicidade de Deus). Fiquei impressionado com o conceito do monoteísmo islâmico.
No fim ele me convidou para ir a casa dele e me mostrou uma cópia da tradução do Alcorão para o inglês. Fiquei muito impressionado com o respeito que ele tinha por esse livro e perguntei a ele se podia pegar emprestado para lê-lo. Ele concordou com relutância, dizendo que era sua única cópia do Alcorão e me avisou seriamente para respeitar o livro e mantê-lo limpo e em um local de respeito em minha casa.
Mal podia esperar para lê-lo!
Duas semanas depois convidei Ahmed para ir à minha casa e sentamos e conversamos novamente sobre o Islã. Informei a ele que acreditava que o Alcorão era a verdade e que queria me tornar muçulmano.
No dia seguinte fomos juntos ao centro islâmico em Washington D.C. e abracei o Islã.
Poucos anos após minha conversão Allah me abençoou com a possibilidade de estudar o Islã na universidade islâmica de Medina, onde obtive um diploma técnico em língua árabe e um diploma de bacharel em Ciências dos Hadiths.
Espero que a história de como vim para o Islã encoraje outros a abraçar a religião. Também espero que minha história encoraje meus irmãos e irmãs muçulmanos a compartilhar a mensagem verdadeira do Islã com aqueles ao seu redor, em palavras e atos.
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