Profecias Bíblicas sobre Muhammad (parte 1 de 4): Testemunho dos Eruditos

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Descrição: A evidência bíblica de que Muhammad não é um falso profeta.  Parte 1: As dificuldades enfrentadas na discussão de profecias bíblicas, e os relatos de alguns eruditos que atestaram que Muhammad foi mencionado na Bíblia.

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Assuntos Preliminares

Bible_Prophecies_of_Muhammad_(part_1_of_4)_001.jpgA Bíblia é a escritura sagrada do Judaísmo e Cristianismo.  A Bíblia cristã consiste do Velho e do Novo Testamento, com as versões Católica Romana e Ortodoxa do Velho Testamento ligeiramente maiores por causa de sua aceitação de certos livros não aceitos como escritura pelos Protestantes.  A Bíblia judaica inclui apenas os livros conhecidos pelos cristãos como o Velho Testamento.  Além disso, a organização dos cânones judaicos e cristãos difere consideravelmente.[1]  O Profeta Muhammad foi profetizado tanto no Velho quanto no Novo Testamento.

Acredita-se que Jesus e os Apóstolos falavam aramaico.  O aramaico continuou em amplo uso até por volta de 650 A.D, quando foi suplantado pelo árabe.[2]  A Bíblia atual não é, entretanto, baseada nos manuscritos aramaicos, mas nas versões grega e latina.

Citar as profecias bíblicas não significa que os muçulmanos aceitam a Bíblia atual em sua totalidade como revelação de Deus.  Sobre a crença islâmica nas escrituras anteriores, por favor, clique aqui.

 Não é uma pré-condição de aceitação que um profeta seja profetizado por um profeta anterior.   Moisés foi um profeta para o Faraó mesmo não tendo sido profetizado por ninguém antes dele.  Abraão foi um profeta de Deus para Nimrod, e ninguém profetizou a sua vinda.  Noé, Lot, e outros foram verdadeiros profetas de Deus, e não foram profetizados.  A evidência da verdade de um profeta não está limitada a antigas profecias, mas inclui a mensagem trazida por ele, milagres e mais.

Discutir profecias é uma questão delicada.  Requer examinar minuciosamente versões e traduções bíblicas, manuscritos descobertos recentemente, pesquisar e investigar palavras em hebraico, grego e aramaico.   A tarefa se torna especialmente difícil quando: “antes do advento da imprensa (século 15), todas as cópias da Bíblia mostram variações textuais.”[3]  Não é um assunto fácil para leigos.  Por essa razão, o melhor testemunho vem de especialistas antigos e modernos na área, que reconheceram as profecias.

Nós temos registros de judeus e cristãos primitivos, monges e rabinos, que testemunharam que Muhammad foi o cumprimento de profecias bíblicas específicas.  Abaixo estão alguns exemplos dessas pessoas.

O Profeta Esperado

Judeus e cristãos da Arábia pré-islâmica esperavam por um profeta.  Antes do aparecimento de Muhammad, a Arábia era o lar de judeus, cristãos e árabes pagãos que, na ocasião, estavam em guerra uns com os outros.  Os judeus e cristãos diziam: “Chegou o momento de um profeta iletrado surgir que reviverá a religião de Abraão.  Nós nos uniremos às suas fileiras e travaremos uma violenta luta contra vocês.”  Quando Muhammad efetivamente apareceu, alguns deles acreditaram nele, e alguns se recusaram.  Foi por isso que Deus revelou:

“E quando lhes chegou um Livro [Alcorão] de Deus confirmando o que estava com eles – embora eles costumassem orar por vitória contra os descrentes - mas quando chegou o que eles reconheceram, descreram; então, que a maldição de Deus esteja com os descrentes.” (Alcorão 2:89)

A primeira testemunha foi Buhaira, um monge cristão, que reconheceu a missão profética de Muhammad quando ele ainda era jovem e disse a seu tio:

“...um grande destino está diante de seu sobrinho, então o leve para casa rapidamente.”[4]

Bible_Prophecies_of_Muhammad_(part_1_of_4)_002.jpg

A segunda testemunha foi Waraqah bin Nawfal, um erudito cristão que morreu logo depois do encontro solitário com Muhammad.  Waraqah atestou que Muhammad era o Profeta de seu tempo e recebeu revelação exatamente como Moisés e Jesus.[5]

Os judeus de Medina esperavam ansiosamente pela chegada de um profeta.  A terceira e a quarta testemunhas foram seus dois famosos rabinos, Abdullah bin Salam e Mukhayriq.[6]

A sexta e a sétima testemunhas também foram rabinos iemenitas, Wahb ibn Munabbih e Ka’b al-Ahbar (morto em 656 E.C).  Ka’b encontrou longas passagens de louvor e a descrição do Profeta profetizado por Moisés na Bíblia.[7]

O Alcorão afirma:

“Não lhes é um sinal que os sábios dos Filhos de Israel o conheçam [como verdadeiro]?” (Alcorão 26:197)



Footnotes:

[1]“Bible.” (“Bíblia”)  Enciclopédia Britânica de Encyclopædia Britannica Premium Service. (http://www.britannica.com/eb/article-9079096)

[2]“Aramaic language.” (“Língua Aramaica”)  Enciclopédia Britânica de Encyclopædia Britannica Premium Service. (http://www.britannica.com/eb/article-9009190)

[3]“biblical literature.” (“literatura bíblica”)  Enciclopédia Britânica de Encyclopædia Britannica Premium Service. (http://www.britannica.com/eb/article-73396)

[4]‘Muhammad: His Life Based on the Earliest Sources’ (Muhammad: Sua Vida Baseada nas Fontes Mais Antigas’) de Martin Lings, p. 29. ‘Sirat Rasul Allah’ (‘Biografia do Mensageiro de Allah’) de Ibn Ishaq, traduzido por A. Guillame, p. 79-81. ‘The Quran And The Gospels: A Comparative Study,’ (‘O Alcorão e os Evangelhos: Um Estudo Comparativo’) p. 46 do Dr. Muhammad Abu Laylah da Universidade de Azhar.

[5] ‘Muhammad: His Life Based on the Earliest Sources’ (Muhammad: Sua Vida Baseada nas Fontes Mais Antigas’) de Martin Lings, p. 35.

[6] ‘The Quran And The Gospels: A Comparative Study,’ (‘O Alcorão e os Evangelhos: Um Estudo Comparativo’) p. 47 do Dr. Muhammad Abu Laylah da Universidade de Azhar.

[7]‘The Quran And The Gospels: A Comparative Study,’ (‘O Alcorão e os Evangelhos: Um Estudo Comparativo’) p. 47-48 do Dr. Muhammad Abu Laylah da Universidade de Azhar.

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Profecias Bíblicas de Muhammad (parte 2 de 4): Profecias de Muhammad do Velho Testamento

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Descrição: A evidência bíblica de que Muhammad não é um falso profeta.  Parte 2: Discussão da profecia mencionada no Deuteronômio 18:18, e como Muhammad se adequa a essa profecia mais do que outros.

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Deuteronômio 18:18 “Eu (Deus) lhes suscitarei do meio de teus irmãos um profeta semelhante a ti (Moisés), e porei minhas palavras em sua boca; e ele lhes falará tudo que eu lhe ordenar.”

Muitos cristãos acreditam que essa profecia profetizada por Moisés se aplica a Jesus.  De fato Jesus foi profetizado no Velho Testamento, mas como ficará claro, essa profecia não se adequa a ele, mas ao contrário, se aplica mais a Muhammad, que Deus o exalte.  Moisés profetizou o seguinte:

1.         O Profeta Será Como Moisés

.

Áreas de Comparação

Moisés

Jesus

Muhammad

Nascimento

nascimento normal

nascimento virginal, milagroso

nascimento normal

Missão

apenas profeta

diz-se ser o Filho de Deus

apenas profeta

Pais

pai & mãe

apenas mãe

pai & mãe

Vida Familiar

casado com filhos

nunca casou

casado com filhos

Aceitação por seu próprio povo

Judeus o aceitaram

Judeus o rejeitaram[1]

Árabes o aceitaram

Autoridade Política

Moisés a tinha (Núm. 15:36)

Jesus a recusou[2]

Muhammad a tinha

Vitória Sobre Oponentes

Faraó se afogou

diz-se ter sido crucificado

Mecanos derrotados

Morte

morte natural

alega-se ter sido crucificado

morte natural

Sepultamento

sepultado em túmulo

túmulo vazio

sepultado em túmulo

Divindade

não divino

divino para os cristãos

não divino

Idade na qual começou a Missão

40

30

40

Ressureição na terra

não ressuscitou

alegada ressuscitação

não ressuscitou

2.         O Profeta Esperado será de seus Irmãos entre os Judeus

O verso em discussão é explícito ao dizer que o profeta virá de entre os Irmãos dos judeus.   Abraão tinha dois filhos: Ismael e Isaque.  Os judeus são os descendentes do filho de Isaque, Jacó.  Os árabes são os filhos de Ismael.  Portanto, os árabes são os irmãos da nação judaica.[3] A Bíblia afirma:

‘E ele (Ismael) habitará fronteiro a todos os seus irmãos.’  (Gênesis 16:12)

‘E ele (Ismael) morreu fronteiro a todos os seus irmãos.’  (Gênesis 25:18)

Os filhos de Isaque são os irmãos dos ismaelitas.  Da mesma forma, Muhammad é de entre os irmãos dos israelitas, porque ele era um descendente de Ismael, o filho de Abraão.

3.         Deus Colocará Suas Palavras na Boca do Profeta Esperado

O Alcorão diz sobre Muhammad:

“Nem ele fala a partir de seu próprio desejo: aquilo [que ele transmite a vós] não é senão uma inspiração [divina] com a qual ele está sendo inspirado." (Alcorão 53:3-4)

Isso é muito semelhante ao verso em Gênesis 18:15:

“Eu (Deus) lhes suscitarei do meio de seus irmãos um profeta semelhante a ti (Moisés), e porei minhas palavras em sua boca; e ele lhes falará tudo que eu lhe ordenar.” (Gênesis 18:18)

O Profeta Muhammad veio com uma mensagem para o mundo todo, inclusive para os judeus.  Todos, incluindo os judeus, devem aceitar a sua missão profética, e isso é apoiado pelas seguintes palavras:

“O SENHOR teu Deus te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás.” (Deuteronômio 18:15)

4.         Um Alerta aos Rejeitadores

A profecia continua:

Deuteronômio 18:19   “De todo aquele que ouvir minhas palavras, que ele dirá em meu nome, disso lhe pedirei contas.” (em algumas traduções: “Eu serei o Vingador”).

Muito interessantemente, os muçulmanos começam cada capítulo do Alcorão em nome de Deus ao dizer:

Bismillah ir-Rahman ir-Raheem

“Em Nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso."

Abaixo estão os relatos de alguns eruditos que acreditaram que essa profecia se adequa a Muhammad.

A Primeira Testemunha

Abdul-Ahad Dawud, o ex-reverendo David Benjamin Keldani, um sacerdote católico romano da denominação caldeana (leia sua biografia aqui).  Após aceitar o Islã, ele escreveu o livro, ‘Muhammad na Bíblia.’  Ele escreve sobre essa profecia:

“Se essas palavras não se aplicam a Muhammad, elas ainda estão por serem cumpridas.  O próprio Jesus nunca alegou ser o profeta mencionado.  Até mesmo seus discípulos eram da mesma opinião: eles esperavam pela segunda vinda de Jesus para o cumprimento da profecia (Atos 3: 17-24). Até agora é indiscutível que a primeira vinda de Jesus não foi o advento do Profeta semelhante a ti e seu segundo advento dificilmente satisfaz essas palavras.  Jesus, como é acreditado por sua Igreja, aparecerá como um Juiz e não como um legislador; mas o prometido tem de vir com uma “lei ardente” em sua mão direita.”[4]

A Segunda Testemunha

Muhammad Asad nasceu Leopold Weiss em julho de 1900 na cidade de Lvov, agora na Polônia, então parte do Império Austríaco.  Ele foi o descendente de uma longa linhagem de rabinos, uma linhagem interrompida por seu pai, que se tornou um advogado.  O próprio Asad recebeu uma educação religiosa detalhada que o qualificaria a manter viva a tradição rabínica da família.  Ele se tornou proficiente em hebraico ainda muito jovem e também estava familiarizado com o aramaico.  Ele tinha estudado o Velho Testamento no original assim como o texto e comentários do Talmude, a Mishná e a Gemará, e se aprofundou nas complexidades da exegese bíblica, o Targum.[5]

Comentando sobre o versículo do Alcorão:

“e não confundais o verdadeiro com o falso, e não oculteis a verdade enquanto sabeis.” Alcorão 2:42)

Muhammad Asad escreve:

“Por ‘confundir o verdadeiro com o falso’ entenda-se a corrupção do texto bíblico, do qual o Alcorão freqüentemente acusa os judeus (e que já foi estabelecido por criticismo textual objetivo), enquanto que a ‘supressão da verdade’ se refere à sua desconsideração ou interpretação deliberadamente falsa das palavras de Moisés na passagem bíblica, 'O Senhor teu Deus suscitará do meio de ti um profeta, dos teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás' (Deuteronômio 18:15), e as palavras atribuídas ao próprio Deus, ‘Eu suscitarei um profeta dentre teus irmãos, semelhante a ti, e colocarei as minhas palavras em sua boca’ (Deuteronômio 18:18). Os ‘irmãos’ dos filhos de Israel obviamente são os árabes, e particularmente o musta’ribah (‘arabizado) grupo entre eles, que traça a sua descendência a partir de Ismael e Abraão: e uma vez que esse é o grupo ao qual a tribo do próprio profeta, os Coraixitas, pertencia, as passagens bíblicas acima devem ser consideradas como se referindo ao seu advento.” [6]



Footnotes:

“Ele (Jesus) veio para os seus, mas os seus não o aceitaram” (João 1:11).

[2] João 18:36.

[3] ‘Muhammad: His Life Based on the Earliest Sources’ (Muhammad: Sua Vida Baseada nas Fontes Mais Antigas’) de Martin Lings, p. 1-7.

[4]p. 156

[5]‘Berlin to Makkah: Muhammad Asad’s Journey into Islam’ (‘De Berlim a Meca: A Jornada de Muhammad Asad ao Islã’) de Ismail Ibrahim Nawwab na edição de Janeiro/Fevereiro de 2002 da Saudi Aramco Magazine.

[6]Muhammad Asad, ‘The Message of The Quran’ (‘A Mensagem do Alcorão’) (Gibraltar: Dar al-Andalus, 1984), p. 10-11.

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Profecias Bíblicas de Muhammad (parte 3 de 4): Profecias de Muhammad do Novo Testamento

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Descrição: A evidência bíblica de que Muhammad não é um falso profeta.  Parte 3: Discussão da profecia mencionada em João 14:16 do Paracleto, ou “Consolador”, e como Muhammad se adequa a essa profecia mais do que outros.

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João 14:16   “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Consolador, para que fique convosco para sempre.”  (João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada)

Nesse verso, Jesus promete que outro “Consolador” aparecerá e, portanto, nós devemos discutir algumas questões referentes a esse “Consolador.”

A palavra grega paravklhtoß, ho parakletos, tem sido traduzida como ‘Consolador.’  Parakletos significa mais precisamente‘aquele que suplica pela causa de outro, um intercessor.’[1]  O ho parakletos é uma pessoa na língua grega, não uma entidade incorpórea.  Na língua grega, todo substantivo possui gênero; isto é, é masculino, feminino ou neutro.  No Evangelho de João, capítulos 14, 15 e 16 o ho parakletos é de fato uma pessoa.  Todos os pronomes em grego devem concordar em gênero com a palavra a qual eles se referem e o pronome "ele" é usado em referência ao parakletos.  O N.T usa a palavra pneuma, que significa “sopro” ou “espírito,” o equivalente grego de ruah, a palavra hebraica para “espírito” usada no V.T.  Pneuma é uma palavra gramaticalmente neutra e é sempre representada pelo pronome neutro.

Todas as Bíblias atuais são compiladas de "manuscritos antigos," o mais antigo datando do século quatro E.C.  Não existem dois manuscritos antigos idênticos.[2]  Todas as Bíblias atuais são reproduzidas pela combinação de manuscritos sem uma única referência definitiva.  Os tradutores da Bíblia tentaram “escolher” a versão correta.  Em outras palavras, uma vez que eles não sabiam qual “manuscrito antigo” era o correto, eles decidiram por nós qual “versão” a ser aceita para um determinado verso.   Tome João 14:26 como um exemplo.  João 14:26 é o único verso da Bíblia que associa o Parakletos com o Espírito Santo.  Mas os “manuscritos antigos” não estão de acordo sobre o “Parakletos” ser o ‘Espírito Santo.’  Por exemplo, no famoso Codex Syriacus, escrito por volta do século cinco E.C, e descoberto em 1812 no Monte Sinai, o texto de 14:26 diz; “Paracleto, o Espírito”; e não “Paracleto, o Espírito Santo.”

Por que isso é importante?  É significativo porque em linguagem bíblica um "espírito" simplesmente significa “um profeta.”

“Amado, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus: porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.”[3]

É instrutivo saber que vários eruditos bíblicos consideraram parakletos como uma ‘figura salvífica (com poder para salvar) independente’, não o Espírito Santo.[4]

A questão, então, é: foi o parakletos de Jesus, Consolador, um 'Espírito Santo', ou uma pessoa - um profeta - a vir depois dele?  Para responder a essa questão, nós devemos compreender a descrição do ho parakletos e ver se ela se adequa a um espírito ou a um ser humano.

Quando continuamos a ler além dos capítulos 14:16 e 16:7, encontramos que Jesus predisse os detalhes específicos da chegada e identidade do parakletos.  Portanto, de acordo com o contexto de João 14 & 16 nós descobrimos os seguintes fatos.

1.      Jesus disse que o parakletos é um ser humano:

João 16:13   “Ele falará.”

João 16:7  “... porque se eu não partir, o Consolador não virá até vós.”

É impossível que o Consolador seja o “Espírito Santo” porque o Espírito Santo estava presente muito antes de Jesus e durante o seu ministério.[5]

João 16:13  Jesus se referiu ao paracleto como ‘ele’ e não ‘isso’ sete vezes, nenhum outro verso na Bíblia contém sete pronomes masculinos.  Portanto, paracleto é uma pessoa, não um espírito.

2.      Jesus é chamado um parakletos:

“E se qualquer homem pecar, nós temos um advogado (parakletos) junto ao Pai, Jesus Cristo o Justo." (1 João 2:1)

Aqui nós vemos que o parakletos é um intercessor físico e humano.

3.      A Divindade de Jesus é uma inovação posterior

Jesus não foi aceito como divino até o Concílio de Nicéia, em 325 E.C, mas todos, exceto os judeus, concordavam que ele era um profeta de Deus, como indicado pela Bíblia:

Mateus 21:11   “... Este é o profeta Jesus de Nazaré da Galiléia.”

Lucas 24:19  “...Jesus de Nazaré, que foi um profeta poderoso em obras e palavras perante Deus e todas as pessoas.”

4.      Jesus orou a Deus por um outro parakletos:

João 14:16   “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro parakletos.”



Footnotes:

[1] Vine’s Expository Dictionary of New Testament Words.

[2]“Ao lado de maiores discrepâncias, como essas, são raros os versos onde não existe alguma variação da frase em algumas cópias [dos manuscritos antigos dos quais a Bíblia foi coletada]. Ninguém pode dizer que essas adições ou omissões ou alterações são assuntos de mera indiferença.”  ‘Our Bible and the Ancient Manuscripts,’ (‘Nossa Bíblia e os Manuscritos Antigos’) do Dr. Frederic Kenyon, Eyre and Spottiswoode, p. 3.

[3]1 João 4 1-3

[4]‘...A tradição cristã identificou essa figura (Paracletos) com o Espírito Santo, mas eruditos como Spitta, Delafosse, Windisch, Sasse, Bultmann e Betz duvidaram se essa identificação é fiel à descrição original e sugeriram que o Paracleto foi uma figura salvífica independente, posteriomente confundida com o Espírito Santo.”  ‘the Anchor Bible, Doubleday & Company, Inc, Garden City, N.Y. 1970, Volume 29A, p. 1135.

[5]Gênesis 1: 2, 1 Samuel 10: 10, 1 Samuel 11: 6, Isaías 63: 11, Lucas 1: 15, Lucas 1: 35, Lucas 1: 41, Lucas 1: 67, Lucas 2: 25, Lucas 2: 26, Lucas 3:22, João 20: 21-22.

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Profecias Bíblicas de Muhammad (parte 4 de 4): Mais Profecias de Muhammad do Novo Testamento

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Descrição: A evidência bíblica de que Muhammad não é um falso profeta.  Parte 4: Discussão adicional da profecia mencionada em João 14:16 do Paracleto, ou “Consolador”, e como Muhammad se adequa a essa profecia mais do que outros.

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5.      Jesus descreve a função do outro Parakletos:

João 16:13  “Ele vos guiará à verdade.”

Deus diz no Alcorão sobre Muhammad:

“Ó humanos!  O Mensageiro chegou-vos com a verdade de vosso Senhor: crede, então, porque é para vosso próprio bem!” (Alcorão 4:170)

João 16:14   “Ele me glorificará.”

O Alcorão trazido por Muhammad glorifica Jesus:

“...que ficará conhecido como O Messias, Jesus, filho de Maria, sendo honorável na vida terrena e na vida futura, e [estará] entre os que são próximos a Deus.” (Alcorão 3:45)

Muhammad também glorificou Jesus:

“Quem quer que testemunhe que ninguém merece adoração exceto Deus, que não tem parceiros, e Muhammad é Seu servo e Mensageiro, e Jesus é o servo de Deus, Seu Mensageiro, e Seu Verbo que Ele concedeu à Maria, e um espírito criado Dele, e que o Paraíso é verdadeiro, e que o Inferno é verdadeiro, Deus o admitirá no Paraíso, de acordo com suas ações.” (Saheeh Al-Bukhari, Saheeh Muslim)

João 16:8  “ele convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.”

O Alcorão anuncia:

“De fato, descrêem os que dizem, ‘Deus é o Messias, filho de Maria’ – enquanto o [próprio] Messias disse, ‘Ó Filhos de Israel!  Adorai a Deus [somente], que é meu Senhor e o vosso Senhor.’ 'Por certo, a quem associa outras divindades a Deus, Deus proíbe-lhe o paraíso, e sua morada é o fogo: e não há para os injustos socorredores!’” (Alcorão 5:72)

João 16:13  “ele não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.”

O Alcorão diz sobre Muhammad:

“Nem ele fala a partir de seu próprio desejo: aquilo [que ele transmite a vós] não é senão uma inspiração [divina] com a qual ele está sendo inspirado." (Alcorão 53:3-4)

João 14:26  “e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito.”

As palavras do Alcorão:

"... o Messias disse, ‘Ó Filhos de Israel, adorai a Deus, meu Senhor e vosso Senhor.’” (Alcorão 5:72)

...relembra as pessoas do primeiro e maior mandamento de Jesus que elas esqueceram:

“O primeiro de todos os mandamentos é, Ouça, Ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” (Marcos 12:29)

João 16:13  “e vos anunciará o que há de vir."

O Alcorão afirma:

“Essas são algumas novas do oculto que Nós revelamos, [Ó Muhammad], a ti.” (Alcorão 12:102)

Hudhaifa, um discípulo do Profeta Muhammad, nos diz:

“Uma vez o Profeta fez um discurso para nós no qual ele não deixou de mencionar nada do que aconteceria até a Hora (do Juízo).” (Saheeh Al-Bukhari)

João 14:16  “para que fique convosco para sempre.”

...significando que seus ensinamentos originais permanecerão para sempre.  Muhammad foi o último profeta de Deus para a humanidade.[1]  Seus ensinamentos estão perfeitamente preservados.  Ele mora nos corações e mentes de seus seguidores que adoram Deus imitando suas ações.  Nenhum homem, incluindo Jesus ou Muhammad, tem uma vida eterna na terra.  O Parakletos não é uma exceção.  Isso não pode ser uma alusão ao Espírito Santo, porque o atual credo do Espírito Santo não existia até o Concílio da Calcedônia, em 451 EC, quatro séculos e meio depois de Jesus.

João 14:17  “ele será o espírito da verdade”

...significando que ele será um verdadeiro profeta, veja 1 João 4:1-3.

João 14:17  “o mundo não o vê...”

Muitas pessoas no mundo hoje não sabem sobre Muhammad.

João 14:17  “...nem o conhece”

Poucas pessoas reconhecem o verdadeiro Muhammad, o Profeta da Misericórdia de Deus.

João 14:26  “o Advogado (parakletos)”

Muhammad será o advogado da humanidade e dos crentes pecadores no Dia do Juízo:

as pessoas procurarão por aqueles que podem interceder por elas junto a Deus para reduzir a angústia e o sofrimento no Dia do Juízo.  Adão, Noé, Abraão, Moisés e Jesus se isentarão.

Então elas virão para o nosso Profeta e ele dirá, “Eu sou aquele que está capacitado.”  Então ele intercederá pelas pessoas na Grande Planície de Encontro, de modo que o julgamento seja feito.  Essa é a ‘Estação de Louvor’ que Deus prometeu a ele no Alcorão:

“Pode ser que teu Senhor te ascenda à Estação de Louvor [a honra da intercessão no Dia da Ressurreição]” (Alcorão 17:79)[2]

O Profeta Muhammad disse:

“Minha intercessão será por aqueles de minha nação que cometeram grandes pecados.” (Al-Tirmidhi)

“Eu serei o primeiro intercessor no Paraíso.” (Saheeh Muslim)

Alguns eruditos muçulmanos sugerem que o que Jesus de fato disse em aramaico está mais próximo da palavra grega periklytos, que significa ‘o admirado.’ Em árabe a palavra ‘Muhammad’ significa ‘o louvável, o admirado.’ Em outras palavras, periklytos é “Muhammad” em grego.  Nós temos duas fortes razões como suporte.  Primeiro, devido a vários casos documentados de substituição semelhante de palavras na Bíblia, é bem possível que ambas as palavras estivessem contidas no texto original mas foram removidas por um copista por causa de um costume antigo de escrever palavras muito juntas, sem espaços entre elas.  Nesse caso a leitura original teria sido, “e Ele vos dará um outro consolador (parakletos), o admirável (periklytos).”  Segundo, nós temos o testemunho confiável de pelo menos quatro autoridades muçulmanas de épocas diferentes que atribuíram 'admirado, louvado' como um significado possível da palavra grega ou siríaca para eruditos cristãos.[3]

Os que se seguem são alguns dos que atestam que o Paracleto é de fato uma alusão a Muhammad, que Deus o exalte:

A Primeira Testemunha

Anselm Turmeda (1352/55-1425 CE), um sacerdote e erudito cristão, foi uma testemunha para essa profecia.  Após aceitar o Islã ele escreveu um livro, “Tuhfat al-arib fi al-radd ‘ala Ahl al-Salib.”

A Segunda Testemunha

Abdul-Ahad Dawud, o ex-reverendo David Benjamin Keldani, um sacerdote católico romano da denominação caldeana.[4]  Após aceitar o Islã, ele escreveu o livro, ‘Muhammad na Bíblia.’  Ele escreve nesse livro:

“Não existe a menor dúvida de que por “Periqlyte” se tem como intenção o Profeta Muhammad, ou seja, Ahmad.”

A Terceira Testemunha

Uma sinopse da vida de Muhammad Asad já foi dada acima.  Comentando sobre o versículo:

“...um mensageiro virá depois de mim, cujo nome será Ahmad” (Alcorão 61:6)

...onde Jesus prediz a vinda de Muhammad, Asad explica que a palavra Parakletos:

“...é quase certamente uma corrupção de Periklytos (‘o Muito Louvado’), uma tradução grega exata do termo aramaico ou nome Mawhamana.  (Deve-se ter em mente que o aramaico foi a língua usada na Palestina no tempo de Jesus, e por alguns séculos depois dele, e foi sem dúvida a língua na qual os textos originais – agora perdidos – do Evangelho foram compostos.) Em vista da proximidade fonética de Periklytos e Parakletos é fácil compreender como o tradutor – ou, mais provavelmente, um escriba posterior – confundiu essas duas expressões.  É significativo que tanto o aramaico Mawhamana e o grego Periklytos tenham o mesmo significado que os dois nomes do Último Profeta, Muhammad e Ahmad, ambos derivados do verbo hebraico hamida (‘ele louvou’) e do nome hebraico hamd (‘louvor’).”



Footnotes:

1Alcorão 33:40.

[2] Veja também Saheeh Al-Bukhari

[3]Kitab ‘Abi Ubaida al-Khazraji ,’ p. 220-221 de Abu Ubaida al-Khazraji (1146-1187 CE) p. 220-221.  ‘Hidaya tul-Hayara,’ de Ibn ul-Qayyim, p. 119. ‘al-Riyadh al-Aniqa,’ de al-Suyuti, p. 129.

[4] Leia sua biografia aqui: (http://www.muhammad.net/biblelp/bio_keldani.html.)

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