Ologunde Sa, ex-ateia, Índia (parte 4 de 4)
Descrição: Depois de decidir aceitar o Islã, Ologunde enfrenta uma das decisões mais difíceis na vida: o marido ou o Islã.
- Por Ologunde Sa
- Publicado em 24 Feb 2014
- Última modificação em 25 Feb 2014
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Todas as perguntas que tinha sobre as crenças cristãs foram respondidas. Aprendi as seguintes coisas do Alcorão:
1. Jesus não era Deus. Nem Filho de Deus.
2. Não foi crucificado.
3. Não morreu por nossos pecados.
4. Não existe essa coisa de trindade.
5. Tudo acima é blasfêmia.
Não há uma única afirmação no Alcorão que não faça sentido. De fato, encontrei todas as respostas para outras perguntas sobre vida e morte no Alcorão. O Alcorão é a Palavra de Allah. Não há dúvida sobre isso. Investiguei a fonte do Alcorão. Estudei a vida do profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele. Emocionei-me até as lágrimas lendo a história dele.
Não há lugar para fé cega no Islã. Deus nos pede para usar nossos poderes de raciocínio e bom senso para chegar até a Verdade.
Tinha encontrado a Verdade. A única coisa que precisava fazer era abraçar o Islã declarando que não há divindade, exceto Deus (Allah) e Muhammad é o Mensageiro de Allah.
Não conseguia pensar em mais nada. Falei com meu marido sobre o Islã. Discutíamos quase todos os dias sobre religião. Meu marido se apegou ainda mais à Bíblia, me dizendo que não podia negar Cristo. Não me levou nada a sério. Disse que eu podia acreditar no que quisesse. Não fazia objeção se eu quisesse abraçar o Islã.
Entretanto, havia um problema. Descobri que se abraçasse o Islã dizendo a shahada (a declaração muçulmana de fé), meu casamento seria automaticamente dissolvido. Uma muçulmana não pode se casar com um não muçulmano ou descrente. No Islã a mulher deve obedecer ao marido. O marido é o chefe da casa e o líder. Se o marido é cristão, como uma muçulmana pode obedecê-lo?! O Islã não pode ocupar uma posição secundária na casa. A Verdade, não a Falsidade deve ter a primazia!
Tinha que escolher. Abraçava o Islã (a Verdade) ou continuava a viver com meu marido como cristã. Amava muito meu marido. Tinha deixado meu país para vir e viver com ele e ele era mais importante para mim do que qualquer coisa no mundo. Entretanto, não conseguia viver com mentira. Sabia que seria muito difícil para mim praticar o Islã em tais circunstâncias. Então, decidi deixar meu marido.
Cortou meu coração pensar em deixá-lo. Chorava sem parar. Mas estava firme em minha decisão. Não tinha ideia do que aconteceria depois de deixá-lo. Deixei tudo nas mãos de Allah. Contei ao meu marido o que ia fazer. Só quando ouviu o que disse, começou a me levar a sério. Decidiu investigar o Islã. Pediu que eu desse algum tempo a ele, para que aprendesse mais sobre essa nova religião.
Naquele momento o primeiro pensamento na cabeça de meu marido era que ele não queria me perder. Provavelmente achou que estivesse louca. Mas continuou a estudar e ler sobre o Islã. Durante toda a vida dele tinha sido cristão e o que o Islã ensinava era muito novo e estranho para ele.
No dia 6 de outubro de 2000 eu e meu marido abraçamos o Islã. Entretanto, meu marido ainda não entendia muitas coisas. Não sabia o que estava acontecendo em sua vida e, provavelmente, pensou que toda sua vida tinha virado de cabeça para baixo. Abraçou o Islã porque não queria me perder. Leu o Alcorão algumas vezes, mas lia mais a Bíblia. Não me importava com o que ele fazia. Estava feliz que não tive que deixar meu marido e confiava que Allah o guiaria no fim.
Todos os louvores são para Allah! Meu marido estava na Marinha e teve que ficar fora por 6 meses. Durante esse tempo teve a oportunidade de ler o Alcorão da primeira à última página. Ele me enviou um e-mail um dia e me contou que não tinha feito outra coisa a não ser ler o Alcorão. Simplesmente não podia deixá-lo de lado! Finalmente, me contou que estava convencido de que era a Palavra de Deus. Estava tomado por um grande desejo de fazer uma declaração de sua fé. Quando seu navio chegou à Austrália, foi imediatamente à mesquita mais próxima e disse aos irmãos que queria dizer a shahada. Os irmãos disseram que ele já tinha dito a shahada comigo e que ele não precisa fazê-la novamente. Meu marido então explicou a eles que, naquele momento, não tinha entendimento. Fez por mim. Dessa vez, queria fazer por si mesmo. Derramei lágrimas de alegria quando ele me escreveu e contou que disse a shahada lá naquela mesquita na Austrália.
De todas as bilhões de pessoas nesse mundo, somos profundamente gratos que Allah tenha escolhido nos guiar para a Verdade. É a maior honra que alguém pode ter.
Alhamdullilahir Rabbil al Ameen [Todos os louvores são para Allah, Senhor de tudo que existe] !!
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