Capítulo 12, Yusuf (José) (parte 2 de 2)

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Descrição: Um breve comentário do capítulo 12 (versículos 67-111) do Alcorão Sagrado.  José se tornou um homem importante no governo egípcio e seus irmãos se aproximaram dele pelo grão.  A história concluiu com José revelando sua identidade e se reunindo à sua família.

  • Por Aisha Stacey (© 2016 IslamReligion.com)
  • Publicado em 05 Dec 2016
  • Última modificação em 05 Dec 2016
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Versículos 67-76 Os irmãos retornam

Jacó aconselha seus filhos a não entrarem na cidade pelo mesmo portão como precaução, mas ao mesmo tempo diz que isso não os ajudará contra a vontade de Deus.  Todo o poder está nas mãos de Deus, diz Jacó. 

Os filhos de Jacó se apresentam a José e ele chama seu irmão mais novo (Benjamim) para o canto e revela sua identidade.  José dá aos seus irmãos a porção de grãos, mas coloca um cálice na mochila de seu irmão mais novo.   Alguém avisa e acusa a caravana de roubo.   "O que foi perdido?", perguntam os irmãos.  "O cálice do rei", é a resposta e "quem a devolver receberá uma carga de camelo em grãos". 

Os irmãos responderam que não tinham vindo para fazer intrigas.  Os homens de José perguntaram aos irmãos qual a penalidade a ser aplicada, se fosse descoberto que estavam mentindo.  Responderam: "A penalidade será a escravização da pessoa em cuja bolsa o cálice for encontrado: é assim que punimos malfeitores". José não queria seu irmão punido sob as leis do Egito, mas queria a oportunidade de manter o irmão com ele enquanto os outros retornavam para o pai, Jacó.  As sacolas foram revistadas e o cálice foi encontrado nos pertences do irmão mais novo.  Deus explica que elaborou um plano para José e elevará o status de quem Ele desejar.

Versículos 77-82

Os irmãos aludem ao irmão de Benjamim (José) ser um ladrão, mas José se controla e não revela sua identidade.  Os irmãos imploram que um deles possa ficar no lugar do irmão, mas isso é recusado.   Finalmente o irmão mais velho, lembrando da promessa que fez ao pai, promete ficar no Egito até que Jacó dê a ele permissão para partir ou que Deus decida um outro curso de ação.  Os irmãos remanescentes voltam para o pai Jacó dizendo: "Tentamos manter nossa promessa, mas não podíamos prever que seu filho cometeria roubo. Pergunte às pessoas com quem viajamos se precisar de prova.

Versículos 83-86

O pai disse: "Não! Suas almas os inspiraram a cometer um erro!" Voltou-se para eles dizendo: "Ai de mim! Meu sofrimento por José!".  Os olhos de Jacó ficaram brancos de sofrimento (ele era cego) e os irmãos disseram: "Se não parar de pensar em José arruinará sua saúde ou até morrerá." Disse: "Só exponho perante Deus o meu pesar e a minha angústia porque sei de Deus o que vós ignorais." Quando essa nova tristeza tomou conta dele, sua primeira reação foi ser paciente.   Sabia, sem nenhuma dúvida, que os assuntos de seus amados filhos mais novos eram controlados por Deus.

Versículos 87-98

Jacó disse: "Meus filhos, vão e busquem notícias de José e seu irmão e não se desesperem da misericórdia de Deus - apenas descrentes se desesperam da misericórdia de Deus." Então se apresentaram perante José sem conhecerem sua verdadeira identidade.  Explicaram que a desgraça tinha afligido sua família e pediram a José que fosse caridoso.  Deus, disseram, recompensa os caridosos.  José respondeu: "Sabeis, acaso, o que nesciamente fizerdes a José e ao seu irmão com a vossa ignorância?" Os irmãos ficaram atônitos e perguntaram se ele era José e ele respondeu: "Sou José".  Disseram que Deus realmente o tinha favorecido sobre todos e que estavam em erro.  José respondeu que não haveria nenhuma repreensão a eles e que Deus os perdoasse.

José então lhes deu sua própria túnica dizendo que a colocassem sobre o rosto de seu pai e que tudo ficaria bem. Então pediu que voltassem juntos.  De volta em casa Jacó dizia que podia sentir o cheiro de José e aqueles ao seu redor olhavam para ele com desdém, achando que tinha se perdido em uma antiga ilusão.  Quando a túnica foi colocada sobre o rosto de Jacó sua visão retornou e ele disse: "Não disse que tenho conhecimento de Deus que vocês não têm?" Os irmãos pediram ao pai que suplicasse a Deus para que Ele os perdoasse, e ele respondeu que seu Senhor era o Perdoador e o Misericordioso.

Versículos 99-101

Mais tarde, quando toda a família se apresentou perante José, José os aproximou dele e deu-lhes as boas vindas, dizendo que, se Deus quisesse, ficariam a salvo.  Todos se curvaram para José e ele comentou com seu pai que era o cumprimento do sonho que tinha tido há muito tempo.   José disse que Deus tinha sido gracioso, depois que Satanás semeou a discórdia entre ele e seus irmãos.  José suplica a Deus reconhecendo suas bênçãos, pede para viver e morrer como muçulmano e ser unido aos virtuosos.

A história de José é uma lição para toda a humanidade. A paciência verdadeira e a habilidade de perdoar são características nobres, merecedoras de serem inculcadas.

Versículos 102-111

Isso conclui a história de José e nesse epílogo final de 10 versículos Deus diz a Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, que essa foi a história da qual ele não tinha conhecimento prévio e não estava presente quando os irmãos fizeram seus planos cruéis.  Deus então conta a ele que não pode fazer as pessoas acreditarem, não importa o quanto deseje fazê-lo.  Deus também menciona que Muhammad não pede recompensa e, ainda assim, as pessoas ignoram os sinais nos céus e na terra e só acreditam em Deus associando parceiros a Ele.  Como podem estar tão seguras de que uma punição devastadora ou a Última Hora não chegará quando menos esperarem?  As pessoas não veem as lições ao seu redor? Como podem viajar e ver os sinais do que acontece aos descrentes e ainda assim não compreenderem? Não têm intelecto? Aqui está uma lição para os que compreendem, não é uma invenção. É uma confirmação da verdade e uma explicação para tudo ("tudo" se refere a história de José ou a religião como um todo, ou talvez ambos).

Nesse capítulo Deus estava aconselhando ao profeta Muhammad que a estrada podia ser longa e difícil, mas a vitória suprema pertence aos que são conscientes de Deus e têm paciência.

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