Ajuste fino do universo (parte 3 de 8): Quatro exemplos de ajuste fino

Classificação:
Tamanho da fonte:
A- A A+

Descrição: São discutidos quatro exemplos de ajuste fino: ajuste fino que permite vida no planeta Terra, ressonância de carbono, a força nuclear forte e a razão entre a força nuclear forte e a força eletromagnética.

  • Por Imam Mufti (© 2016 IslamReligion.com)
  • Publicado em 26 Dec 2016
  • Última modificação em 25 Jun 2019
  • Impresso: 52
  • 'Visualizado: 14,366 (média diária: 5)
  • Classificação: nenhum ainda
  • Classificado por: 0
  • Enviado por email: 0
  • Comentado em: 0
Pobre Melhor

1.  Ajuste fino para permitir um planeta habitável

FineTuning3.jpgQuando pensamos sobre as condições específicas necessárias mais perto de casa em nosso sistema solar e na Terra, constatamos que existem vários parâmetros que devem estar corretos para que a vida seja possível.  Vários fatores devem estar finamente ajustados para ter um planeta que suporta vida:

·Deve ter um sistema solar único, para suportar órbitas planetárias estáveis. 

·O sol deve ter a massa correta.  Se fosse maior, seu brilho mudaria muito rapidamente e não haveria muita radiação de energia elevada.  Se fosse menor, a faixa de distâncias planetárias capaz de suportar vida seria muito estreita; a distância certa seria tão próxima da estrela que forças de maré perturbariam o período rotacional do planeta.  A radiação ultravioleta também seria inadequada para a fotossíntese.

·A distância da terra ao sol deve ser exata.  Muito próximo e a água evaporaria, muito longe e a terra seria muito fria para vida.  Uma mudança de apenas 2% e toda a vida cessaria. 

·A Terra deve ter massa suficiente para reter uma atmosfera. 

·A gravidade de superfície e a temperatura também são fundamentais dentro de uma pequena porcentagem para que a Terra tenha uma atmosfera que sustente a vida - retendo a mistura de gases correta necessária para a vida. 

·A Terra deve girar na velocidade certa: muito lenta e as diferenças de temperatura entre dia e noite seriam muito extremas, muito rápida e a velocidade do vento seria desastrosa. 

·A gravidade da terra, a inclinação axial, período de rotação, campo magnético, espessura da crosta, razão oxigênio/nitrogênio, dióxido de carbono, vapor de água e níveis de ozônio têm que ser exatos.

O astrofísico Hugh Ross[2] lista muitos desses parâmetros que têm que estar finamente ajustados para a vida ser possível e faz um cálculo aproximado, mas conservador de que a chance de tal planeta existir no universo é de aproximadamente 1 em 1030.

2.  Ajuste fino da "ressonância" de carbono

A vida requer muito carbono, que faz moléculas complexas.  O carbono é formado pela combinação de três núcleos de hélio ou pela combinação de núcleos de hélio e berílio.  O carbono é como o cubo de roda em um brinquedo de encaixe: pode-se ligar os elementos a moléculas mais complicadas (vida com base em carbono), mas as ligações não são tão fortes que não possam ser rompidas novamente, para fazer outra coisa.

O eminente matemático e astrônomo Fred Hoyle constatou que para isso acontecer os níveis de energia do estado fundamental nuclear têm que estar finamente ajustados entre si.  Esse fenômeno se chama "ressonância".

O nível de ressonância de carbono é determinado por duas constantes: a "força forte" e a "força eletromagnética".  Se desorganizar essas forças ligeiramente, perde carbono ou oxigênio.  Se a variação fosse maior que 1% em uma direção ou outra, o universo não poderia sustentar vida. 

Hoyle confessou mais tarde que nada tinha abalado tanto seu ateísmo quanto essa descoberta.[3]

3.  Ajuste fino da força nuclear forte

A "força forte" é a força que liga prótons e nêutrons em núcleo.  Se a constante da força forte fosse 2% mais forte, não haveria hidrogênio estável, não haveria estrelas de vida longa e compostos contendo hidrogênio.  Isso porque o único próton no hidrogênio se ligaria a tudo e não sobraria nenhum hidrogênio!

Se a constante da força forte fosse 5% mais fraca, não haveria estrelas estáveis e poucos elementos, além de hidrogênio.  Isso porque não seria possível construir os núcleos de elementos mais pesados, que contêm mais de 1 próton.

Assim, ou se ajusta a força forte para cima ou para baixo, perdendo estrelas que servem como fonte de energia ou perdendo química complexa necessária para a vida.

4.  Razão entre força nuclear forte e força eletromagnética

Se a razão entre a força nuclear forte e a força eletromagnética tivesse sido diferente em 1 parte em 1016, nenhuma estrela teria se formado.  Aumente-a em somente 1 parte em 1040 e só podem existir estrelas pequenas, diminua-a na mesma quantidade e só haverá estrelas grandes.  Deve-se ter estrelas grandes e pequenas no universo.  As grandes produzem elementos em suas fornalhas termonucleares e apenas as pequenas queimam por tempo suficiente para sustentar um planeta com vida.[4]

Para colocar 1040 em perspectiva, ter uma precisão de uma parte em 1030 (um número muito menor) é como atirar e atingir uma ameba no limite do universo observável!

Arno Penzias, um físico americano ganhador do Nobel que co-descobriu a radiação cósmica de fundo e ajudou a estabelecer o Big Bang, resume o que vê:

"A astronomia nos leva a um evento único, um universo que foi criado do nada, com um equilíbrio muito delicado necessário para prover exatamente as condições certas exigidas para permitir vida e que tem um plano (que se pode chamar de "sobrenatural") inerente."[5]



Notas de rodapé:

1.  Ross, Hugh.  2001.  The Creator and The Cosmos.  Colorado Springs, Co: NavPress.  145-157. 
2.   Bradley, Dr. Walter.  Is There Scientific Evidence for the Existence of God? How the Recent Discoveries Support a Designed Universe.  On-line.  Disponível na internet:
http://www.leaderu.com/real/ri9403/evidence.html, acessado 10 de março de 2014.
3.  Spitzer, Robert.  2010.  New Proofs for the Existence of God: Contributions of Contemporary Physics and Philosophy.  Grand Rapids/Cambridge: Wm.B.  Eerdmans Publishing Co.  50-56.

[2] Davies, Paul.  1988.  The Cosmic Blueprint.  Nova Iorque: Simon and Schuster.  138-139.

[3] Gingerich, Owen.  2000.  "Do The Heavens Declare?" em The Book of the Cosmos, ed.  Danielson, Richard Dennis.  Cambridge, MA: Perseus Publishing.  524-525.

[4] Davies, Paul. 1983.  God and the New Physics.  Londres: J. M. Dent and Sons.

[5] Margenau e Varghese eds.  1992.  Cosmos, Bios, and Theos.  La Salle, IL: Open Court.  83.

Pobre Melhor

Partes deste Artigo

Visualizar todas as partes juntas

Adicione um comentário

  • (Não é mostrado ao público)

  • Seu comentário será analisado e publicado dentro de 24 horas.

    Campos marcados com um asterisco (*) são obrigatórios.

Outros Artigos na Mesma Categoria

Mais visualizados

Diariamente
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Total
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Favorito del editor

(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Listar conteúdo

Desde sua última visita
Esta lista no momento está vazia.
Todos por data
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Mais populares

Melhores classificados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais enviados por email
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais impressos
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais comentados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Seus Favoritos

Sua lista de favoritos está vazia. Você pode adicionar artigos a esta lista usando as ferramentas do artigo.

Sua História

Sua história está vazia.

Minimize chat